domingo, junho 26, 2011

Mudanças estruturais em vez de correr mais depressa

Outro excelente artigo com a participação de Jesus Felipe e Utsav Kumar, neste caso também com a colaboração de Arnelyn Abdon, "Development and accumulation of new capabilities: The Index of Opportunities".
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Quando são precisos saltos dramáticos na competitividade, na produtividade, na rentabilidade, num mundo de abundância de oferta... só o 4º quadrante nos pode ajudar:

Por que é que não vejo mais gente a defender as ideias deste artigo?
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"Development is about structural transformation. This can be defined as the process by which countries change what they produce and how they do it. It involves a shift in the output and employment structures away move from low-productivity and low-wage activities into high-productivity and high-wage activities; (Moi ici: Ao arrepio de tudo o que o mainstream defende nos media e de acordo com a narrativa que defendemos neste blogue) and the upgrading and diversification of the production and export baskets. This process generates sustained growth and enables countries to increase their income per capita.
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The implication is that a sustainable growth trajectory must involve the introduction of new goods and not merely involve continual learning on a fixed set of goods. (Moi ici: Melhorias incrementais não serão suficientes para o salto que precisamos dar) A country’s ability to foray into new products depends on whether the set of existing capabilities necessary to produce these products can be easily redeployed for the production and export of new products."
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Reparem como a narrativa de organizações como o Forum para a Competitividade vai contra estes trechos...  triste mas é verdade. O cavalo de batalha do Forum para a Competitividade para aumentar a nossa competitividade passa por... reduzir salários... ou seja, por facilitar a vida às empresas no curto-prazo, em vez de as desafiar a darem o salto.

1 comentário:

CCz disse...

Caro José Silva,

Se ler este comentário fique sabendo que depois de ler os capítulos:
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"A crise da competitividade" e "Como fomentar a produtividade" fiquei apreensivo... acho que não exagero quando concluo que nem uma medida passa pelo esforço intrínseco das empresas.
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Não tenho grande ilusões com socialistas no poder, mas fiquei ainda mais preocupado.