sexta-feira, agosto 21, 2009

O sentido de urgência é um must


Uma das facetas que mais me preocupa e irrita no "corporate" Portugal é a falta de ritmo, é a lentidão. As coisas são para se ir fazendo, não há rapidez, não há zest, não há sentido de urgência.
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Estranho que num projecto onde se define o futuro estratégico de uma empresa, muitas vezes, demasiadas vezes, seja o consultor a impor o ritmo. Como é que a fome pelo futuro da minha empresa não há-de ser o maior desafio profissional da empresa e dos seus colaboradores?
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O que dizer acerca dos prazos? Não são para cumprir, alteram-se com a maior das facilidades e sem remorsos. Por vezes digo, e levam-me a mal, "Não podemos ser como a Igreja Católica! Que está cá há dois mil anos e espera estar por cá, pelo menos, outros tantos. Somos uma estrela cadente, o nosso tempo é curto"
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Por exemplo, e quando audito o departamento de inovação de empresas e constato que os prazos dos projectos são sistematicamente alargados!!! Em vez de urgência temos calvário.
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Qual o propósito de um departamento de inovação? Pôr projectos. materializados em produtos, na rua!
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Então, adoptando uma mentalidade pull devíamos começar por aí e revolucionar a forma como se gerem os projectos.
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O livro "The Art of Innovation" escrito por Tom Kelley da IDEO chama a atenção para a importância do timing e da urgência.
Ao equacionar em abstracto a proposta de valor da inovação, tenho sempre aquele atributo, ser o primeiro a chegar ao mercado, e para isso o timing é fundamental.
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Alguns recortes do livro:
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"First, they were totally dedicated to achieving the end result... Second, they faced down a slightly ridiculous deadline. When the hurdle is high, there's a tremendous sense of achievement in getting anything done by the deadline."
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"Over the years I've noticed some patterns. Products that become hits seem to enjoy a balance of features, price, and that often elusive element of timing."
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"Speed counts. It gets products to market in time for the holiday shopping season. It leapfrogs established players before they can get off the ground. It implants your brand in consumers' hearts and minds before your competitors have left the starting gate. ... It's not enough to master the basics. You must master them in prime time, under the stress of competition, under the glare of a client losing patience."

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