segunda-feira, setembro 24, 2007

Jack Welch, orçamentos e balanced scorecard (parte II)

Voltando ao tema do orçamento:
  • "Como podemos melhorar o desempenho do ano passado?
  • O que estão os nossos concorrentes a fazer e de que forma podemos ultrapassá-los?"
Se se quer concentrar nestas duas perguntas, o processo de orçamentação transformar-se-á num diálogo abrangente e aberto entre os responsáveis no terreno e a administração acerca das oportunidades e dos obstáculos do mundo real.

Através destes debates, "os dois lados da mesa" conseguem, em conjunto, delinear um cenário de crescimento que não é negociado nem imposto e que, de facto, não pode ser chamado de orçamento. É um plano de acção para o ano seguinte, cheio de aspirações, essencialmente direccionadas, e que contém números que são mutuamente entendidos como sendo metas ou, dizendo isto de outra forma, números que podem ser apelidados de "melhores esforços"."

Ao desenvolver, ao desenhar um mapa da estratégia, uma organização cenariza um plano onde as suas teorias, as suas hipóteses e opções, se relacionam entre si, para criar uma vantagem competitiva.


Ao estabelecer um conjunto de indicadores que medem o nível de desempenho, à luz da estratégia, e ao definir metas, resultados futuros desejados, uma organização "estica a corda", monta o horizonte de desempenho considerado adequado para um novo ciclo de gestão: Como não há acasos, o desempenho futuro desejado só vai ser atingido, se transformarmos a nossa organização, a organização actual. Por isso e para isso, desenvolvemos um conjunto de iniciativas estratégicas, um conjunto de projectos. Projectos esses que necessitam de recursos, para passarem à acção.

Welch usa uma linguagem muito directa e básica, quando se refere à estratégia:
"O que é a estratégia senão distribuição de recursos? Quando afasta todo o ruído, é disso que se trata. Estratégia significa fazer escolhas claras sobre como competir. Não pode ser tudo para todos, independentemente da dimensão da sua empresa e do capital disponível."

Assim, conseguimos um orçamento realmente ligado à estratégia da organização. Cada iniciativa requer recursos, quanto?

O fundamental não é cumprir o orçamento, o fundamental é cumprir as metas do balanced scorecard, para cumprir as metas, precisamos de executar as iniciativas estratégicas e estar atentos...

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