- um país cada vez mais envelhecido;
- o poder de compra dos portugueses;
- o influxo de imigrantes aposentados, ou de férias;
- o influxo de imigrantes para trabalhar;
- a capacidade de fiscalizar o cumprimento das leis e directivas;
- a legislação decorrente das preocupações ambientais;
- a evolução tecnológica;
- o aparecimento de produtos alternativos;
- ...
quarta-feira, agosto 22, 2007
Balanced Scorecard: um foco tremendo na execução de uma estratégia (parte II)
O que escrevi no último postal não está correcto, não traduz bem a minha apreensão, não se trata de uma estratégia desadequada, incompleta ou mal formulada, trata-se antes da fluidez do futuro.
segredo
Acredito que temos de encarar o futuro como algo a construir e não como algo pelo qual se aguarda. No entanto, a realidade é uma corrente muito poderosa, por vezes imprevisível. Ás vezes penso na mente das pessoas que vivem em regiões, como a Indonésia, frequentemente assoladas por terramotos, essas pessoas terão certamente uma visão do mundo bem diferente da nossa independentemente da cultura. Tudo nos leva, tudo nos encaminha para uma enganadora confiança na linearidade dos acontecimentos, e depois, quando menos se espera "PUM".
teste
"Nas minhas investigações debaixo do sol, vi ainda que a corrida não é para os ágeis, nem a batalha para os bravos, nem o pão para os prudentes, nem a riqueza para os inteligentes, nem o favor para os sábios: todos estão à mercê das circunstâncias e da sorte. O homem não conhece a sua própria hora: semelhantes aos peixes apanhados pela rêde fatal, aos passarinhos presos no laço, os homens são enlaçados na hora da calamidade que se arremessa sobre eles de súbito."
Eclesiastes 9, 11-12
segredo
"O homem não conhece o futuro. Quem lhe poderia dizer o que há de acontecer em seguida?"
Eclesiastes 10, 14
teste
E no entanto:
"Semeia a tua semente desde a manhã, e não deixes tuas mãos ociosas até à noite. Porque não sabes o que terá bom êxito, se isto ou aquilo, ou se ambas as coisas são igualmente úteis."
Eclesiastes 11, 6
tese
Um sobressalto e o mundo muda quase completamente!!! Sim temos de pensar o futuro, sim temos de desenhar o futuro, sim temos de construir o futuro, mas temos de ter cuidado, afinal de contas os humanos não são deuses.
antítese
Como conciliar a necessidade de pensar o futuro das organizações, com a incapacidade de prever o futuro da sociedade, da concorrência, dos mercados, das leis, ...?
tese
No último ano tenho despertado, para uma ferramenta que nos pode ajudar neste campo minado, a criação de cenários.
Os cenários ajudam-nos a perspectivar diferentes futuros possíveis, ajudam-nos a manter alguma flexibilidade mental. Mesmo que o futuro não seja exactamente igual a nenhum dos cenários equacionados não interessa, não é esse o ponto. O ponto passa por formular uma estratégia que seja suficientemente robusta, para enfrentar os vários cenários considerados, pelo menos até que seja seguro (menos arriscado) fazer uma aposta maciça num dado futuro e descartar tudo o resto.
tese
"There is no such thing as winning a Red Queen race; the best you can ever do is run faster than the competition." (Eric Beinhocker in "The Origin of Wealth")
tese
Por exemplo, se equacionarmos o futuro, para uma PME que produz materiais para a indústria da construção, podemos identificar diferentes vectores que certamente irão tecer esse futuro:
Os vectores são exteriores à PME, mas afectarão o seu futuro.
Alguns desses vectores estão pre-determinados (a vermelho), poucas dúvidas temos de que seremos um país cada vez mais envelhecido e com cada vez mais menos necessidade de construção, por falta de clientes. Poucas dúvidas temos de que a legislação, a evolução do preço da energia, tenderá a premiar a escolha de materiais amigos do ambiente.
tese
Os vectores a azul tanto podem evoluir num sentido, como noutro. É fácil imaginar um futuro em que os portugueses tenham mais poder de compra e por isso mais disponibilidade para uma segunda habitação, ou para aumentar o conforto da sua primeira habitação . É ainda mais fácil imaginar um futuro em que os portugueses sejam ainda mais pobres e com ainda menor poder de compra.
tese
Os vectores a preto são estilo "Ricardo Quaresma" autênticas "wild cards" imprevisíveis, lembram-se do "aerogel" de anteontem?
tese
Numa próxima reflexão vamos procurar trabalhar os vectores, para que possam ser a base para a criação de cenários e a relação com o balanced scorecard.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário