segunda-feira, abril 23, 2007
Ser o segundo também traz vantagens
A propósito de uma conversa telefónica com uma antiga colega da faculdade, conversa em que ela se queixava de ter tido algumas ideias para negócios que depois eram "roubadas", lembrei-me deste trecho, retirado do livro que mudou a minha vida:
"O casal que decide abrir mais uma charcutaria ou mais um restaurante mexicano nos subúrbios de uma cidade americana está decerto a correr um risco. Mas tratar-se-á de empresários? Eles apenas fizeram aquilo que já tinha sido feito muitas vezes antes. Jogam na crescente popularidade de se comer fora de casa na sua zona, mas não criam uma nova satisfação da procura nem uma nova procura. Segundo esta perspectiva, não são decerto empresários, apesar de terem montado um novo negócio.
No entanto, a actividade da McDonald's era empresarial. É certo que ela nada inventou. O seu produto final mais não era que aquilo que qualquer modesto restaurante americano produzia já há anos. Mas ao aplicar conceitos de gestão e técnicas de gestão (perguntando: O que significa "valor" para o cliente?), ao normalizar o "produto", ao planear o processo e as ferramentas, e ao basear a formação de pessoal na análise do trabalho a realizar e depois ao estabelecer as normas que ele exige, a McDonald's aumentou drasticamente o rendimento dos recursos e criou um novo mercado e um novo consumidor. Isto é actividade empresarial."
O facto de não se dispor da vantagem de ser o primeiro a chegar ao mercado não é motivo para desistir. Os que chegam primeiro, podem estar a apresentar um produto que parece igual ao que temos na mente, mas só à superficíe!!!
Quantas vezes o produto é só o princípio, quase como um artíficio para o que é importante: a relação com os clientes.
Trecho extraído de "Inovação e Gestão" de Peter F. Drucker
"O casal que decide abrir mais uma charcutaria ou mais um restaurante mexicano nos subúrbios de uma cidade americana está decerto a correr um risco. Mas tratar-se-á de empresários? Eles apenas fizeram aquilo que já tinha sido feito muitas vezes antes. Jogam na crescente popularidade de se comer fora de casa na sua zona, mas não criam uma nova satisfação da procura nem uma nova procura. Segundo esta perspectiva, não são decerto empresários, apesar de terem montado um novo negócio.
No entanto, a actividade da McDonald's era empresarial. É certo que ela nada inventou. O seu produto final mais não era que aquilo que qualquer modesto restaurante americano produzia já há anos. Mas ao aplicar conceitos de gestão e técnicas de gestão (perguntando: O que significa "valor" para o cliente?), ao normalizar o "produto", ao planear o processo e as ferramentas, e ao basear a formação de pessoal na análise do trabalho a realizar e depois ao estabelecer as normas que ele exige, a McDonald's aumentou drasticamente o rendimento dos recursos e criou um novo mercado e um novo consumidor. Isto é actividade empresarial."
O facto de não se dispor da vantagem de ser o primeiro a chegar ao mercado não é motivo para desistir. Os que chegam primeiro, podem estar a apresentar um produto que parece igual ao que temos na mente, mas só à superficíe!!!
Quantas vezes o produto é só o princípio, quase como um artíficio para o que é importante: a relação com os clientes.
Trecho extraído de "Inovação e Gestão" de Peter F. Drucker
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1 comentário:
:o)Sinto extremamente honrada por te lembrares de mim para uma "lição". Já vi que és um verdadeiro expert e que, como sempre, és um verdadeiro "ÁS" no que fazes. Eu, ao contrário de ti, aprendo não lendo e estudando (mea culpa...) mas praticando. :o) e o que é mais engraçado é que ambos, por métodos diferentes, chegamos à mesma conclusão... o principal num negócio é exactamente a "relação com os clientes". Aprendi isso muito cedo, quando comecei a trabalhar e onde realmente falhei foi que NUNCA, nas empresas onde trabalhei como quadro ou como consultora, consegui fazer passar essa ideia. Antes desta crise que agora se instalou no País, a maioria das empresas do ramo do calçado ou eram soberbas e os Clientes tinham que se "dobrar" às
suas exigências, ou então eram tão
submissas que o Cliente mandava mais na empresa que o patrão e até se dava ao luxo de fazer ele o preço que queria pagar... tantas histórias para te contar, Carlos... tantos casos que se não fosse o desemprego que provocaram, eram verdadeiramente hilariantes...
Agora desempregada, sou verdadeiramente uma contadora de histórias e tento aprender sempre alguma coisa com elas. Pena não ter nem dinheiro,nem estofo de empresária. Porque acredita, comigo cada Cliente é único, com necessidades diferentes, apesar do produto poder ser o mesmo.
Beijos desta tua amiga e admiradora.
Clara
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