domingo, outubro 15, 2006
Isto é Focalização nas "Partes Interessadas"!
O semanário Sol de 14 de Outubro, deliciou-me, na sua página 20, com um texto intitulado "Escolas disputam alunos" assinado por João Morgado.
O artigo começa com uma entrevista ao presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra. Este, denuncia uma estratégia dos concelhos vizinhos, para "roubar" alunos do seu concelho, para as suas (dos outros) escolas. Depois, começa a enumerar as tácticas seguidas por esses "malvados": melhores transportes e horários decentes (horários escolares "customizados" que garantem que um aluno, apesar de estudar no concelho do Fundão, sai mais tarde de casa, chega mais cedo a casa e pode chegar muito mais cedo nos dias em que há "tardes livres").
Sinceramente não percebi a posição do senhor presidente! Posso estar a ser injusto, mas parece uma daquelas pessoas que perante a mudança pergunta: "O que aconteceu?"
Os presidentes dos municípios vizinhos parecem ser dos que, ao verem o que aconteceu com os outros concelhos e as suas escolas fechadas, preparam o futuro, para evitar que isso lhes aconteça também.
Porque é que a Câmara da Pampilhosa da Serra em vez de gritar "Mas é preciso que alguém tome medidas sérias. Caso contrário, está em causa o futuro de Pampilhosa, pois terá inevitavelmente de fechar as escolas" (SIC), não agarra o "touro" pelos cornos e planeia seduzir os alunos do seu concelho, e de outros concelhos vizinhos, para que no próximo ano, os pais e alunos (as partes interessadas) tomem a decisão racional (guiados pelo seu interesse egoísta) de optar pelas escolas do seu próprio concelho.
À parte:
Esta é para mim, na minha humilde opinião, uma muito pálida ilustração do que poderá acontecer num futuro longínquo no nosso planeta. Se conseguirmos domar a onda demográfica (só faltam as sociedades árabes - o Irão é uma autêntica bomba, 70% da população tem menos de 25 anos - e estabilizarmos a população mundial algures próximo dos 3 biliões (Portugal tem 10 milhões de habitantes hoje, um dos cenários do INE prevê que em 2050 possamos ser 7 milhões de habitantes), os humanos começarão a ser vistos como um bem realmente escasso. As estruturas governativas e produtivas desse futuro, disputarão o concurso das pessoas, quase como hoje os clubes de futebol disputam os craques entre si.
O artigo começa com uma entrevista ao presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra. Este, denuncia uma estratégia dos concelhos vizinhos, para "roubar" alunos do seu concelho, para as suas (dos outros) escolas. Depois, começa a enumerar as tácticas seguidas por esses "malvados": melhores transportes e horários decentes (horários escolares "customizados" que garantem que um aluno, apesar de estudar no concelho do Fundão, sai mais tarde de casa, chega mais cedo a casa e pode chegar muito mais cedo nos dias em que há "tardes livres").
Sinceramente não percebi a posição do senhor presidente! Posso estar a ser injusto, mas parece uma daquelas pessoas que perante a mudança pergunta: "O que aconteceu?"
Os presidentes dos municípios vizinhos parecem ser dos que, ao verem o que aconteceu com os outros concelhos e as suas escolas fechadas, preparam o futuro, para evitar que isso lhes aconteça também.
Porque é que a Câmara da Pampilhosa da Serra em vez de gritar "Mas é preciso que alguém tome medidas sérias. Caso contrário, está em causa o futuro de Pampilhosa, pois terá inevitavelmente de fechar as escolas" (SIC), não agarra o "touro" pelos cornos e planeia seduzir os alunos do seu concelho, e de outros concelhos vizinhos, para que no próximo ano, os pais e alunos (as partes interessadas) tomem a decisão racional (guiados pelo seu interesse egoísta) de optar pelas escolas do seu próprio concelho.
À parte:
Esta é para mim, na minha humilde opinião, uma muito pálida ilustração do que poderá acontecer num futuro longínquo no nosso planeta. Se conseguirmos domar a onda demográfica (só faltam as sociedades árabes - o Irão é uma autêntica bomba, 70% da população tem menos de 25 anos - e estabilizarmos a população mundial algures próximo dos 3 biliões (Portugal tem 10 milhões de habitantes hoje, um dos cenários do INE prevê que em 2050 possamos ser 7 milhões de habitantes), os humanos começarão a ser vistos como um bem realmente escasso. As estruturas governativas e produtivas desse futuro, disputarão o concurso das pessoas, quase como hoje os clubes de futebol disputam os craques entre si.
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