quinta-feira, março 27, 2014

Pior do que um governo socialista...

Pior do que um governo socialista, e os governos do PS, PSD e CDS são sempre socialistas, são as associações empresariais que ainda são mais socialistas que os próprios governos.
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Miraculosamente, um governo avança com a intenção de liberalizar algumas práticas do comércio, como, por exemplo, dar a oportunidade a cada loja de definir qual o período em que pretende fazer saldos.
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Qual foi a reacção do presidente da da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes?
"Com o novo projeto de lei passa a ser permitido ser feito [esse período de saldos] no pico da época em que se vendem determinados produtos, o que significa que os operadores com maior capacidade financeira podem fazer saldos nessa altura, obrigando todo o mercado a alinhar preços e, na prática, acabam por retirar a margem que permite viver a muitos pequenos e médios comerciantes", sublinhou."
Isto fez-me logo recordar, como escrevemos aqui, o que ontem li no JdN, no artigo "As promoções são uma droga e Portugal é líder no vício" podia ler-se:
"O "retalho está a começar a ser um negócio muito, muito estratégico. E ou se tem a estratégia certa ou não".
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"Em vez de fazer isso", de termos uma estratégia conhecedora da vontade dos consumidores, disse, "o que estamos a fazer? Estamos viciados".
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"Somos corno o Lance Armstrong e estamos a usar e abusar das drogas. E como é que se chama a droga nesta indústria? A droga chama-se promoções". ..."e sim, vocês [referindo-se aos retalhistas portugueses] são líderes no vício. Evoluíram para um nível de 17% para 29% [de pressão das promoções para as vendas] e gradualmente o nível de pressão das promoções está a aumentar"."
As palavras de João Vieira Lopes vão ao encontro de todos os tópicos referidos por Jean-Jacques Vandenheede:
  • ausência de estratégia;
  • marcação cerrada ao que faz a concorrência;
  • pensar que pequenos e grandes servem o mesmo tipo de clientes-alvo; 
  • pensar que pequenos e grandes apresentam o mesmo tipo de oferta;
  • pensar que pequenos e grandes só podem usar a arma das promoções, saldos, preços, para seduzir clientes... 
  • incapacidade de pensar na batota, na diferenciação, ...
Infelizmente, não percebe que com estratégia temos isto:
"Em todos os países, disse, é possível "encontrar grandes retalhistas, retalhistas de tamanho médio e pequenas lojas que estão muito bem, e outras com as mesmas características que estão em grandes sarilhos." O que muda é a ligação ao consumidor. "O marketing está de volta", concluiu.""

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