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domingo, abril 27, 2008

Sorte: o espaço onde a preparação encontra a oportunidade

Em linha com as "inevitáveis surpresas" do postal anterior; o que é que quem está no retalho está a fazer, está a planear, para fazer face aos tempos de borrasca?
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Este artigo do The New York Times "Recession Diet Just One Way to Tighten Belt " traça um retrato da mudança de comportamentos nos Estados Unidos.

O que é a verdade e lidar com as surpresas inevitáveis

Ao digitar o marcador "o que é a verdade" acedo a uma série de postais escritos sobre o falar verdade sobre a coisa pública.
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Peter Schwartz no livro "Inevitable Surprises" escreve:
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"When an inevitable surprise confront us, there are two different types of natural reactions. Both of them can lead to poor decision making.
The first is denial - the refusal to believe that the inevitabilities exist.
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When in denial about an inevitability, people tend to blithely act as if it didn't exist, and as if there were no need to break from routine and prepare for it. The losses that result can be immense.
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Denial is perhaps the most dangerous response one can make when evidence of an inevitable surprise presents itself.
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The second natural reaction to any turbulent crisis is defensiveness. This is a kind of opposite to denial. People take the inevitable surprise to seriously that they freeze; in their minds there is no visible way to act except to find a safe place, hunker down, and wait for it to all blow over. They reduce their investments and activities, focus on their immediate and narrow self-interest, and wait for another stretch of relative calm to set in before they are ready to take risks again. If they are corporate leaders, they cut costs and innovation. If they are political leaders, they look for short-term gains.
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This book is for people who want to get past denial and defensiveness, to be the masters of their own fate in a world full of surprises. The first step in making that transition is to pay attention to the inevitable surprises of the future, and to develop strategies for dealing with them.

sexta-feira, abril 11, 2008

Ser realista (parte II)

Just for the record and for future use:

* Diário Económico de hoje: "80% das exportações vão para países em crise" - 30 mil milhões de euros, quase 20% do PIB, dependentes de países que vão travar a fundo.
Assinado por Luís Reis Ribeiro com Bruno Faria Lopes.
* Jornal de Negócios de ontem, a opinião de Luísa Bessa "Teoria do oásis II"

Ler estas afirmações de alguém tão reservado, tão discreto, tão controlado "Ricardo Salgado diz que nunca assistiu «a uma crise destas"

APB aconselha o governo a ser mais realista (sic)

quinta-feira, abril 10, 2008

Ser realista...

O Diário Económico de hoje inclui o artigo "FMI mais pessimista sobre a crise em Portugal" assinado por Luís Reis Ribeiro.
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Alguns trechos: "Portugal vai continuar a divergir face à Europa, isto é, os portugueses vão continuar empobrecer nos próximos anos porque o choque externo impedirá a economia de entrar numa rota consistente de crescimento acima da média europeia até 2013, apontou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI)."
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"O Executivo rejeita esta visão: as previsões do FMI são “demasiado pessimistas quanto aos efeitos que a evolução dos mercados financeiros poderá ter na actividade económica”, apontou o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, numa reacção ontem enviada às redacções. “A melhoria registada nos fundamentais da nossa economia e a sua robustez não permitem sustentar de forma alguma a previsão apresentada para Portugal”, acrescentou."
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Pensemos nas exportações, por exemplo:
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Quase 1/3 das exportações portuguesas têm como destino Espanha. O que vai acontecer a Espanha?
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Algumas hipóteses pouco agradáveis:
“Spanish economy heads for hard landing” no Financial Times (“The [Spanish] data suggest economic growth has collapsed in the first quarter of 2008,” said Dominic Bryant, of BNP Paribas. Mr Bryant expects growth in the first quarter to have fallen to just 0.2 to 0.3 per cent, compared with 0.8 per cent in the final quarter of 2007. The Spanish economy grew by 3.8 per cent in 2007, although it was slowing down by the end of last year.)
Housing Bubble Bursts Wide Open In Spain (International banks are scrambling to sell their holdings of Spanish mortgage debt at a steep discount, fearing that the country may be sliding into the worst economic downturn in its modern history.)
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E se a economia espanhola tiver mesmo a aterragem forçada que se prevê? (Spain’s high-growth economy is heading for a hard landing, according to manufacturing and services surveys that show a sharp drop in activity.)
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Como vamos passar por entre os intervalos da chuva?

Que reacções em cadeia, serão desencadeadas por aquele núcleo da figura? E como vão afectar os fundamentais da economia portuguesa?
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Por que é que os irlandeses têm outra postura?
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"On Monday, Bertie Ahern, Ireland’s taoiseach (prime minister), predicted it was “going to be a hard year”. He said Ireland “won’t escape” the effects of a likely US recession, adding that those who predicted that the subprime crisis “would wash out of the system by last Christmas have been a long way off the mark”." (FT)

segunda-feira, março 17, 2008

Overconfidence and overoptimism can have dangerous consequences

Não há coincidências, todos os acasos são significativos!
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Ontem, referi um recorte da TSF "A Comissão Europeia reviu em baixa de 0,4 pontos percentuais o crescimento económico europeu para 2008, em relação às estimativas de Novembro. O PIB na Zona Euro deverá crescer agora 1,8 por cento e na União Europeia dois por cento. "
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Quem seguisse a hiperligação para a TSF podia ler o artigo até ao fim e encontrar "Entretanto, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, já disse que Portugal não vai rever as estimativas de crescimento em baixa, apesar do cenário de Bruxelas."
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Como entretanto tinha lido a opinião do primeiro-ministro irlandês no FT "On Monday, Bertie Ahern, Ireland’s taoiseach (prime minister), predicted it was “going to be a hard year”. He said Ireland “won’t escape” the effects of a likely US recession, adding that those who predicted that the subprime crisis “would wash out of the system by last Christmas have been a long way off the mark”." (FT)
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Confesso que ontem só equacionei a hipótese do ministro das Finanças estar a ocultar a verdade deliberadamente, contudo, ao seguir uma nota da bibliografia de um livro que ando a ler, cheguei a este artigo no "The McKinsey Quarterly", "Hidden flaws in strategy" de Charles Roxburgh:
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"This article aims to help rectify that omission by highlighting eight insights from behavioral economics that best explain some examples of bad strategy. Each insight illustrates a common flaw that can draw us to the wrong conclusions and increase the risk of betting on bad strategy. All the examples come from a field with which I am familiar—European financial services—but equally good ones could be culled from any industry."
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"Flaw 1: Overconfidence
Our brains are programmed to make us feel overconfident."
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"Related to overconfidence is the problem of overoptimism. Other than professional pessimists such as financial regulators, we all tend to be optimistic, and our forecasts tend toward the rosier end of the spectrum. The twin problems of overconfidence and overoptimism can have dangerous consequences when it comes to developing strategies, as most of them are based on estimates of what may happen—too often on unrealistically precise and overoptimistic estimates of uncertainties."
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Assim, pode haver outra explicação para além da ocultação deliberada da realidade.
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Qual das duas será a melhor?

domingo, março 16, 2008

Alguma coisa...

"at this point in time if regulators were to disclose the full truth to the public the financial system would collapse tomorrow." (Pedro Arroja)"
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"Ficar preso ao segredo significa ter o dever de não revelá-lo; o dever de não revelá-lo implica o dever de mentir” (Norberto Bobbio, Elogio da Serenidade e outros escritos morais)
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"On Monday, Bertie Ahern, Ireland’s taoiseach (prime minister), predicted it was “going to be a hard year”. He said Ireland “won’t escape” the effects of a likely US recession, adding that those who predicted that the subprime crisis “would wash out of the system by last Christmas have been a long way off the mark”." (FT)
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"A Comissão Europeia reviu em baixa de 0,4 pontos percentuais o crescimento económico europeu para 2008, em relação às estimativas de Novembro. O PIB na Zona Euro deverá crescer agora 1,8 por cento e na União Europeia dois por cento." (TSF)
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"Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal estar difuso, que alastra e mina a confiança
essencial à coesão nacional" (SEDES)