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quarta-feira, junho 14, 2017

Como ler e não pensar

Como ler "Is America Encouraging the Wrong Kind of Entrepreneurship?" e:
  • não pensar na década longa de estímulo à economia não transaccionável e na consequência disso;
  • não pensar na demência introduzida pela Política Agrícola Comum que leva a produzir sempre mais do que o mercado precisa e recompensar por isso;
  • não pensar na recente política do Governo português de agir como business angel e apoiar o empreendedorismo de alto risco;
  • não pensar nos empreendedores mais preocupados com os programas de apoio do que em seduzir clientes pagantes;
  • ...
"In a 1990 paper, “Entrepreneurship: Productive, Unproductive, and Destructive,” Baumol argued that the level of entrepreneurial ambition in a country is essentially fixed over time, [Moi ici: A pool de empreendedores tem uma dimensão constante, se os incentivos reduzem a incerteza, é natural que diminua a quantidade de genuínos empreendedores] and that what determines a nation’s entrepreneurial output is the incentive structure that governs and directs entrepreneurial efforts between “productive” and “unproductive” endeavors.
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Most people think of entrepreneurship as being the “productive” kind, as Baumol referred to it, where the companies that founders launch commercialize something new or better, benefiting society and themselves in the process. A sizable body of research establishes that these “Schumpeterian” entrepreneurs, those that are “creatively destroying” the old in favor of the new, are critical for breakthrough innovations and rapid advances in productivity and standards of living.
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Baumol was worried, however, by a very different sort of entrepreneur: the “unproductive” ones, who exploit special relationships with the government to construct regulatory moats, secure public spending for their own benefit, or bend specific rules to their will, in the process stifling competition to create advantage for their firms. Economists call this rent-seeking behavior."
E genuinamente sem querer entrar na política partidária, talvez durante o tempo da troika, com a redução forçada dos incentivos, por falta de dinheiro e não por ideologia, a tal pool constante de empreendedores teve de se virar para os "“Schumpeterian” entrepreneurs".

Para os jornais supostamente económicos, e para os jornais generalistas, a economia era e é o que sobra do PSI 20 (recordar aqui e aqui):

  • BRISA; EDP; PT; BES; ...
Tudo empresas que chegaram ao ponto a que sabemos

Só falta chegarmos às produtoras de pasta de papel...

sexta-feira, março 21, 2008

Incentivos, é tudo uma questão de incentivos

Como refere várias vezes Álvaro Santos Pereira no seu livro "Os Mitos da Economia Portuguesa", é tudo uma questão de incentivos:
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"... as pessoas, as empresas, os governos e até as economias respondem a incentivos. Se estes incentivos estiverem distorcidos, as escolhas económicas que as pessoas tomam no dia-a-dia irão reflectir isso mesmo..."
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Lembrei-me desta citação ao dar de caras com esta história:
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"Divorce can be very good for (some) children. A Spanish colleague was discussing the effects of the 2004 changes in Spanish divorce law — which require only a six-month waiting period in uncontested cases and no separation of living arrangements before the divorce becomes final. " aqui