sábado, janeiro 19, 2013

O cavalo das "elites"

Está-lhes na massa do sangue, está-lhes no ADN!
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A tradição defende que "Lesboa", a antiga Ulissipolis, foi fundada por Ulisses durante a sua tribulação no regresso a Ítaca.
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E Ulisses ficou famoso, entre outras coisas, por ter avançado com o estratagema do cavalo oco para conseguir entrar em Tróia.
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E o que dizer das "elites" que vão para locais de poder para desenharem este sistema?
"O sistema de pensões é um sistema profundamente regressivo, em que os 20% mais ricos recebem 41,6% das pensões e os 20% mais pobres recebem 9,3%."

11 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

É. Exactamente como os depósitos bancários e a riqueza em geral.

O que é relevante é distinguir a componente das pensões que corresponde a descontos efectivos (que é naturalmente regressiva) da componente social.

CCz disse...

Não me diga que a sua "cegueira" o impede de ver o embuste do esquema Ponzi?

BTW, sei que vai gostar:

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/seguranca_social//detalhe/reformados_do_estado_podem_ganhar_duas_vezes_mais_do_que_descontaram.html

Carlos Albuquerque disse...

Não consegue discutir ideias sem supor imediatamente que quem discorda de si sofre de cegueira?

O artigo do negócios é só para assinantes.

E o que eu disse é simples: há que distinguir o que corresponde a descontos e o que não corresponde a descontos. A regressividade não prova nada.

O problema não é que se discuta a segurança social e o sistema de pensões. O problema é a superficialidade na discussão quando é feita sem contas.

Isso e a ilusão de que nos sistemas privados é que tudo irá bem.

CCz disse...

-lol é só para assinantes... boa desculpa

ñ me viu aqui a defender sistemas privados de pensões.

CCz disse...

http://www.ionline.pt/dinheiro/55-dos-reformados-estado-2012-tem-menos-60-anos

Carlos Albuquerque disse...

Pois. O estado permite a reforma antecipada, com penalizações severas, para não pagar salários.

Agora as queixas são porque estão a pagar as reformas?

Já o disse: se é para entrar em default então o melhor é fazer default com todos os compromissos do estado.

João Pinto disse...

Desculpem lá intrometer-ne na conversa, mas tenho de dizer que é claro para toda a gente que realmente queira discutir com fatos que os pensionistas da função pública ganham muitíssimos mais do que os do privado.

Número veiculados ainda esta semana por alguns jornais mostram que cerca de 15% dos pensionistas ganham 35% ou 40% do valor gasto em pensões.

Sabendo que é insustentável continuar a ganhar o que ganham atualmente, é aqui que tem de se cortar.

Carlos Albuquerque disse...

João Pinto, enquanto os reformados da função pública de carreira sempre descontaram por valores de salários mais elevados (médicos, professores, juízes, etc.), no sector privado as "médias" estão a incluir descontos de salários mais baixos. E isto por muitas razões: - empregos menos diferenciados, - salários mais baixos nos empregos menos diferenciados e
- descontos tendo como base valores mais baixos nos mais diferenciados (quantos funcionários no sector privado descontavam para a seg. social tendo como base o salário real, com todas as componentes?)

Assim pode fazer sentido comparar as pensões auferidas no público e no privado para duas pessoas com carreiras contributivas iguais, mas não faz qualquer sentido comparar apenas com base nas médias.

Finalmente, se o equilíbrio das contas do estado passa por falhar nos compromissos assumidos, então a falha tem que ser analisada com muito mais cuidado. E não faz sentido falhar nos pequenos compromissos apenas porque os credores têm menos poder. Um estado que cede apenas à força candidata-se a que todos usem apenas a força para fazer valer os seus direitos.

CCz disse...

Não adianta, caro João, este senhor é dos que acham que os impostos têm de aumentar ainda mais, mas não se pode é mexer nos privilégios dos receptores líquidos do orçamento do estadinho

Carlos Albuquerque disse...

Quando faltam os argumentos, insiste-se no erro técnico e ataca-se a pessoa.

Carlos Albuquerque disse...

Já agora, se vamos mexer nos receptores líquidos do orçamento do estadinho, porque não mexer no pagamento da dividazinha externa e dos contratos das PPPzinhas? Sim os tais em que o estado fez o outsourcing da contratação a magníficos escritórios de advogados e consultores.

Ficava o orçamento equilibrado na hora!

Ou só vê uma parte dos receptores líquidos?