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sábado, maio 26, 2018
Os doutorados emigrados
A propósito de "PME nunca vão criar emprego para doutorados", "Reitores: Lugar dos doutorados é nas empresas, não nas universidades" (BTW, estes dois textos fizeram-me lembrar aquele caso desta semana nos Estados Unidos em que os pais puseram o filho de 30 anos em tribunal para o expulsar de casa) e "Portugal continua a ter doutorados a menos e em situação precária", deixem-me contar-lhes uma estória verdadeira.
Investigador em laboratório universitário resolve testar o mercado e ir a entrevista de emprego em empresa privada. A empresa oferece-lhe 1800 euros por mês brutos. Acham que é um mau salário para alguém com menos de 28 anos e sem experiência fora da universidade?
O investigador pergunta quanto é que isso lhe permitirá ganhar líquido. Fazem umas contas de merceeiro na hora e dizem-lhe que isso equivale a cerca de 1200 euros líquidos por mês.
O investigador sorri e declina a proposta. Actualmente tem uma bolsa de investigação, julgo que de 1280 euros. Bolsa pelos vistos não é considerado salário, é considerado apoio ou subsídio. Por isso, tudo o que recebe é limpo de impostos.
Escusado será dizer que este investigador daqui a uns anos será mais um daqueles que andará pelas ruas a protestar porque não tem Segurança Social e tem precariedade laboral.
Qual é o salário médio do país? Quantas PME poderiam investir 1800 euros num investigador? Assim, para os doutorado, trabalhar para o Estado, ficar ad eternum com uma sequência de bolsas de investigação é quase o mesmo que emigrar para outro país onde se ganha mais, ou se pagam menos impostos.
Investigador em laboratório universitário resolve testar o mercado e ir a entrevista de emprego em empresa privada. A empresa oferece-lhe 1800 euros por mês brutos. Acham que é um mau salário para alguém com menos de 28 anos e sem experiência fora da universidade?
O investigador pergunta quanto é que isso lhe permitirá ganhar líquido. Fazem umas contas de merceeiro na hora e dizem-lhe que isso equivale a cerca de 1200 euros líquidos por mês.
O investigador sorri e declina a proposta. Actualmente tem uma bolsa de investigação, julgo que de 1280 euros. Bolsa pelos vistos não é considerado salário, é considerado apoio ou subsídio. Por isso, tudo o que recebe é limpo de impostos.
Escusado será dizer que este investigador daqui a uns anos será mais um daqueles que andará pelas ruas a protestar porque não tem Segurança Social e tem precariedade laboral.
Qual é o salário médio do país? Quantas PME poderiam investir 1800 euros num investigador? Assim, para os doutorado, trabalhar para o Estado, ficar ad eternum com uma sequência de bolsas de investigação é quase o mesmo que emigrar para outro país onde se ganha mais, ou se pagam menos impostos.
terça-feira, junho 16, 2015
Gráfico interessante
E volto ao artigo "Como convencer o “Zé da PME” a contratar doutorados?".
.
Pesquisando, encontrei um gráfico interessante:
Quase 60% dos doutorados portugueses são nas áreas das Humanidades, Ciências Sociais e Ciências Médicas e da Saúde.
.
Não quero dizer que estes doutorados não tenham lugar nas PME portuguesas, contudo, exige muita mais de ambas as partes para chegar a um "acordo".
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Gráfico retirado de "Empregabilidade de Doutorados nas Empresas Portuguesas"
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Pesquisando, encontrei um gráfico interessante:
Quase 60% dos doutorados portugueses são nas áreas das Humanidades, Ciências Sociais e Ciências Médicas e da Saúde.
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Não quero dizer que estes doutorados não tenham lugar nas PME portuguesas, contudo, exige muita mais de ambas as partes para chegar a um "acordo".
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Gráfico retirado de "Empregabilidade de Doutorados nas Empresas Portuguesas"
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