Mostrar mensagens com a etiqueta código. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta código. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, maio 20, 2015

E quando o "é meter código nisso" vier subverter o seu modelo de negócio? Mete uma providência cautelar?

Na sequência de "Microgestão, jongleurs, bilhar e convite" onde escrevi:
"Imaginem um fabricante de palmilhas, muito certinho, muito eficiente, confiante no casulo da sua pacata rotina de conforto, sempre acreditando que no dia seguinte o queijo lá estará à sua espera.
.
Agora, imaginem um novo player a entrar no mercado e a seguir a máxima deste blogue "é meter código nisso"..."
Encontrei um artigo sobre o tema e com uma perspectiva muito interessante, "Break your product into new markets by raising the price". O autor começa por recordar o famoso livro "O Dilema do Inovador" e, a lição de como fazer frente a eventuais disruptores na base do mercado. Depois, a coisa torna-se muito mais atraente:
"today, more and more companies are learning the hard way that a competitor that caters to the high-end of the market could upend them. Disruption is coming from all sides, not just the bottom. The challenge is to innovate toward the middle, but you can start from anywhere.
.
Honeywell experienced this firsthand when Nest’s Learning Thermostat arrived on the scene in 2011. The massive conglomerate had done exactly what Christensen advised: they catered to the low-end of the market by selling $30 thermostats. But what they didn’t anticipate was that a beautifully designed, high-end model - priced eight times higher than their product - would beat them at their own game. [Moi ici: O mesmo fenómeno que aconteceu com o mercado dos aspiradores, "98 anos eliminados em 18 meses ao dobro do preço"] ...
starting at the top provides an advantage that low-end disruption lacks: it allows you to imbue your brand with aspiration."
A quantos e quantos produtores poderá acontecer este choque contra a parede de uma nova realidade?
.
A quantos poderá acontecer surgir um concorrente novo, completamente out-of-the-blue, com um produto com um design superior e com código imbuído? Código que permitirá toda uma nova constelação de parcerias.
.
Será que vão praticar o desporto nacional das providências cautelares?
.
Não esqueça o nosso convite:
Inscrição.

sábado, agosto 30, 2014

Acerca da explosão Câmbrica

 
Fala-se muito de estarmos a viver uma espécie de "explosão do Câmbrico" a nível da inovação.
.
Se é verdade, se estamos a viver um período em que o “Software is eating the world,”, em que “Anyone who writes code can become an entrepreneur—anywhere in the world,” ... por causa de Gause e do princípio da competição exclusiva:
Quando duas espécies diferentes ocupam um mesmo ecossistema e consomem recursos muito semelhantes, uma delas acabará por prevalecer face à outra por estar mais adaptada.
Então, estaremos a assistir, às claras ou de forma escondida, a uma violenta destruição criativa.
.
Muitas vezes, ao circular na zona de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, recordo as viagens da minha infância entre o Porto e a terra dos meus avós na zona de Coimbra, cafés e tascas que serviam quem circulava na principal estrada do pais, ou já desapareceram, ou adaptaram-se a servir uma outra clientela, quer em número, quer em requisitos e horários. Agora, imaginem os políticos dessas terras, por interesse eleitoral ou por genuína empatia com esses empresários, a enveredarem pelo uso de dinheiro das autarquias no apoio a esses cafés e tascas. Fará sentido?
.
Voltando à explosão Câmbrica lá de cima, quanto da recessão e lento crescimento a que assistimos em tantos países está relacionada com esta transição? Quando aqui escrevemos sobre o "é meter código nisso", quantos honestos incumbentes estamos a condenar a uma inevitável e desejável morte empresarial, para dar espaço a um melhor serviço aos clientes e a níveis de produtividade mais elevados?
.
Fará sentido ligá-los à máquina e mantê-los vivos sem autonomia?