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quarta-feira, março 18, 2009
Quaresma? Qual quaresma...
... ainda estamos no Carnaval.
.
"Manuel Alegre defende aumento de salários":
.
"“É preciso aumentar os salários para que não haja um colapso do comércio”, defendeu hoje Manuel Alegre na curta intervenção com que abriu a sessão de lançamento do terceiro número da revista online “OPS!”, da Corrente de Opinião Socialista, uma tendência do PS."
.
Há uma parte dentro de mim, que tem uma atracção pelo abismo, pela confusão, se calhar são ainda reflexos de uma pré-adolescência vivida em pleno PREC. Pois, essa parte de mim, ao ler a opinião de Manuel Alegre sussurrou: Go ahead, make my day! Let the chaos begin! Liberta os cavalos do apocalipse se tens coragem...
.
Ia ser bonito para a balança de pagamentos, ia ser bonito para a taxa de juro que o estado português paga pelo dinheiro que ainda vai conseguindo obter emprestado dos incautos.
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Afinal por que é que a Espanha, que tem um nível de vida bem mais alto que o nosso está a entrar pelo cano? Spanish doldrums
.
Afinal porque é que Portugal é conhecida por ter uma economia refém da Portuguese-trap?
.
Ainda na passada segunda-feira o Diário Económico trazia uma entrevista com um economista alemão que recordava que o que coloca Portugal numa situação de risco é a deterioração da produtividade por que os saláros subiram acima da produtividade.
.
Pois bem, qual a receita de Alegre para a nossa falta de produtividade?
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Tantan!!!!!
.
Deteriorar ainda mais a produtividade!!!
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Ah poeta!!!
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Come on, make my day!
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"Manuel Alegre defende aumento de salários":
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"“É preciso aumentar os salários para que não haja um colapso do comércio”, defendeu hoje Manuel Alegre na curta intervenção com que abriu a sessão de lançamento do terceiro número da revista online “OPS!”, da Corrente de Opinião Socialista, uma tendência do PS."
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Há uma parte dentro de mim, que tem uma atracção pelo abismo, pela confusão, se calhar são ainda reflexos de uma pré-adolescência vivida em pleno PREC. Pois, essa parte de mim, ao ler a opinião de Manuel Alegre sussurrou: Go ahead, make my day! Let the chaos begin! Liberta os cavalos do apocalipse se tens coragem...
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Ia ser bonito para a balança de pagamentos, ia ser bonito para a taxa de juro que o estado português paga pelo dinheiro que ainda vai conseguindo obter emprestado dos incautos.
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Afinal por que é que a Espanha, que tem um nível de vida bem mais alto que o nosso está a entrar pelo cano? Spanish doldrums
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Afinal porque é que Portugal é conhecida por ter uma economia refém da Portuguese-trap?
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Ainda na passada segunda-feira o Diário Económico trazia uma entrevista com um economista alemão que recordava que o que coloca Portugal numa situação de risco é a deterioração da produtividade por que os saláros subiram acima da produtividade.
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Pois bem, qual a receita de Alegre para a nossa falta de produtividade?
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Tantan!!!!!
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Deteriorar ainda mais a produtividade!!!
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Ah poeta!!!
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Come on, make my day!
quarta-feira, abril 18, 2007
Dos jornais de hoje
Hoje estou a escrever estes postais de um cibercafé. Deslocado e com a manhã livre, já tive oportunidade de ler o DN de hoje em versão papel, e:
Realmente, o ponto de vista de Manuel Alegre toca em qualquer coisa de importante, de muito importante:
"O ex-candidato ao Palácio de Belém destaca a importância de se promover a qualificação dos recursos humanos e de se intensificar a promoção da escolaridade. Mas discorda profundamente da "humilhação" de certas profissões implícita nestes anúncios. "O País precisa de todos. Carlos Queiroz e Judite Sousa podem ser excelentes profissionais. Mas o ofício de jardineiro é tão relevante como outro qualquer. Um empregado de comércio ou uma mulher-a-dias são tão dignos como um médico ou um futebolista."" Já São Paulo dizia o mesmo (numa carta aos Coríntios) quando falava do corpo ter muitos membros e da importância de todos eles. Todos são necessários para o sucesso da unidade, do corpo.
Para meu espanto, os critérios editoriais do novo DN (os tais critérios superiores que o seu novo director exemplificou recentemente, numa mesa "redonda de jornalista", num programa da SIC-Notícias sobre o caso Sócrates e a Universidade Independente) colocaram em letras grandes na primeira página do jornal de hoje, um jornal que se pretende de referência, o seguinte título "Escândalo Berlusconi".
Bom - pensei - o caimão meteu-se em mais complicações jurídico-gaffes-político-...
Até que li o subtítulo "Nova traição. Apanhado com cinco mulheres em férias na Sardenha"
OK, estou KO!!!
Da próxima vez que um jornalista me falar da diferença entre jornais de referência e tablóides, vou-lhe esfregar esta capa na cara.
O senhor Berlusconi pode ter, e tem, muitos defeitos como político, e isso é relevante para os cidadãos que votam nele.
O senhor Berlusconi pode ter, e tem, muitos defeitos como pessoa (como eu, infelizmente também tenho) mas, IMHO, isso não devia ser relevante para os jornais de referência.
Há dias estive a conversar com a minha filha adolescente sobre o filme "Hotel Ruanda", sobre como é fácil seguir o espírito de matilha e, qual piranha, entrar num frenesim de violência (física, ou verbal), e como é difícil fazer a diferença, seguir o outro caminho.
Se o político na Sardenha fosse Prodi, será que o mesmo DN faria a mesma capa?
Bom, durante as próximas semanas ficar-me-ei pelo DN digital, abster-me-ei da versão papel enquanto me lembrar disto.
Realmente, o ponto de vista de Manuel Alegre toca em qualquer coisa de importante, de muito importante:
"O ex-candidato ao Palácio de Belém destaca a importância de se promover a qualificação dos recursos humanos e de se intensificar a promoção da escolaridade. Mas discorda profundamente da "humilhação" de certas profissões implícita nestes anúncios. "O País precisa de todos. Carlos Queiroz e Judite Sousa podem ser excelentes profissionais. Mas o ofício de jardineiro é tão relevante como outro qualquer. Um empregado de comércio ou uma mulher-a-dias são tão dignos como um médico ou um futebolista."" Já São Paulo dizia o mesmo (numa carta aos Coríntios) quando falava do corpo ter muitos membros e da importância de todos eles. Todos são necessários para o sucesso da unidade, do corpo.
Para meu espanto, os critérios editoriais do novo DN (os tais critérios superiores que o seu novo director exemplificou recentemente, numa mesa "redonda de jornalista", num programa da SIC-Notícias sobre o caso Sócrates e a Universidade Independente) colocaram em letras grandes na primeira página do jornal de hoje, um jornal que se pretende de referência, o seguinte título "Escândalo Berlusconi".
Bom - pensei - o caimão meteu-se em mais complicações jurídico-gaffes-político-...
Até que li o subtítulo "Nova traição. Apanhado com cinco mulheres em férias na Sardenha"
OK, estou KO!!!
Da próxima vez que um jornalista me falar da diferença entre jornais de referência e tablóides, vou-lhe esfregar esta capa na cara.
O senhor Berlusconi pode ter, e tem, muitos defeitos como político, e isso é relevante para os cidadãos que votam nele.
O senhor Berlusconi pode ter, e tem, muitos defeitos como pessoa (como eu, infelizmente também tenho) mas, IMHO, isso não devia ser relevante para os jornais de referência.
Há dias estive a conversar com a minha filha adolescente sobre o filme "Hotel Ruanda", sobre como é fácil seguir o espírito de matilha e, qual piranha, entrar num frenesim de violência (física, ou verbal), e como é difícil fazer a diferença, seguir o outro caminho.
Se o político na Sardenha fosse Prodi, será que o mesmo DN faria a mesma capa?
Bom, durante as próximas semanas ficar-me-ei pelo DN digital, abster-me-ei da versão papel enquanto me lembrar disto.
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