Esta semana no LinkedIn encontrei esta lista:
E fiquei-me logo pela primeira afirmação da lista:
"Um líder torna os problemas visíveis!"
E lembrei-me do ilusionista-mor, do mestre em esconder problemas: o ex-primeiro-ministro António Costa.
Como é que o sistema político português e europeu o premiou? Vocês sabem. Os portugueses até lhe deram uma maioria absoluta. Podem limpar as mãos à parede.
Os líderes a sério tornam os problemas visíveis.
Os alemães, por estes dias, estão constantemente a falar do problema da sustentabilidade das pensões e reformas. Interessante, o tema por cá não existe, os gurus acham que as paletes de imigrantes com salários baixos vão pagar as reformas e pensões da geração do Maio de 68, as que se seguem não interessam, são uma minoria eleitoral. Mas interessante mesmo porque li há anos:
"O Eurostat publicou ontem um relatório que faz soar o alarme. Por este andar, em 2050 nenhum outro país da União Europeia (UE) terá uma população tão envelhecida como Portugal. Um dos maiores desafios é segurá-la no mercado de trabalho."
Hoje no The Times, "Reform welfare state or face ruin, Germany warned."
O artigo descreve a crise iminente do sistema de pensões alemão.
O governo enfrenta uma despesa pública insustentável, já acima dos 400 mil milhões de euros por ano, que ameaça crescer muito mais na próxima década. As previsões indicam que em 2030 haverá apenas um trabalhador ativo por cada pensionista, o que pressiona o sistema.
Economistas e políticos discutem medidas dolorosas: mais impostos, idade de reforma mais elevada, cortes nas prestações. O debate é intenso e urgente, com propostas como um "imposto de solidariedade boomer" ou a imposição de obrigações de serviço social aos reformados mais saudáveis.
"profound and urgent need for reform to ensure that the country could afford its pensions.
...
They include a 'boomer solidarity tax' under which the richest 20 per cent of baby boomer households would pay an additional levy... [Moi ici: Por cá apoplexias em 3, 2, 1...]
An obligatory spell of caring for the elderly, minding small children or similar work immediately after retirement would, Fratzscher suggested, be a 'small step to bring a bit more balance back to the solidarity in our society!"
Desconfio que nós por cá, em vez de projectar o futuro, preferimos confiar que “a Europa há de mandar uns fundos” para tapar os buracos. Em Portugal seria suicídio político falar em aumentar a idade da reforma ou cortar pensões. O mais fácil é fingir que o problema não existe. Em resumo: Portugal não discute porque prefere manter o mito da “sustentabilidade assegurada até 2060” que se escreve em relatórios oficiais, e assim todos dormem descansados — até ao dia em que a realidade, como sempre, bater à porta.
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