segunda-feira, abril 28, 2025

Curiosidade do dia


É tão estranho ... subitamente os políticos deixaram de falar do que verdadeiramente interessa, produtividade, e focam-se em algo traiçoeiramente perigoso, competitividade.

Por que será? 


Desta vez é Cecília Meireles num artigo publicado no semanário Expresso no passado dia 18 de Abril intitulado "Esquecer a competitividade é comprometer o futuro."
"O único caminho sólido para um país com mais oportunidades e melhores salários é um país com empresas mais competitivas, com maior dimensão e mais capitalizadas." [Moi ici: A sério? Desde 2013 que as empresas portuguesas têm demonstrado elevada competitividade, ganhando quota de mercado]
Depois, Cecília Meireles prepara a argumentação para a redução do IRC:
"Em 2023, Portugal tinha a taxa máxima de IRC mais elevada dos países europeus da OCDE.
...
Segundo o Índice de Competitividade Fiscal Internacional 2024, Portugal estava em 35.º em 38 lugares.
...
Devia ser evidente que um dos passos cruciais para aumentar a competitividade das empresas portuguesas é precisamente baixar o IRC."

Tudo o que Cecília Meireles escreveu é verdade mas se o IRC baixar e considerarmos apenas as empresas portuguesas ... vamos ter um cenário deste tipo "Competitivos, mas frágeis: o custo invisível de competir sem diferenciação."

Precisamos de baixar o IRC mas para atrair empresas estrangeiras como aqui refiro "Falem mal delas, mas imaginem o que poderiam fazer por nós."

2 comentários:

João Pinto disse...

Não sei se é o caso da Cecília Meireles, mas muitas pessoas utilizam os termos de forma indiscriminada. Falam em competitividade quando queriam falar em produtividade (e vice-versa); há outros que, por ignorância, consideram os dois termos sinónimos...

CCz disse...

Acho estranho a forma "orquestrada" como a palavra produtividade desapareceu para ser substituída pela palavra competitividade