"Não temos em Portugal nenhuma maneira de comprovar o efeito que um produto como o CM, tanto na forma escrita como televisiva, teve na percepção dos seus consumidores e na adesão de uma parte dos portugueses ao populismo e à extrema-direita: não há (infelizmente) nenhuma região do país que tenha decidido boicotar os produtos da Cofina. [Moi ici: Inveja por todas as regiões do país terem decidido boicotar o DN?] Mas basta passar os olhos nos respetivos títulos e peças televisivas e na forma como há décadas os produtos desta empresa se esforçam por servir uma imagem de um país cravejado de crimes, inseguro, miserável e corrupto, um verdadeiro Estado falhado, para concluir sobre o efeito que necessariamente têm, sobretudo para quem só se "informa" naquele universo.Podemos, claro, perguntar por que motivo produtos como os cofinescos têm tanto sucesso - teríamos talvez de concluir que de algum modo vão ao encontro de necessidades, ou de percepções pré-existentes. De explicações do mundo que agradam a quem os procura e aprecia. Porque são simples e simplistas e apontam culpados que podem ser odiados, não exigindo mais de quem as recebe a não ser esse ódio, essa raiva.Foi assim, ou foi sobretudo assim, que aqui chegámos."
Jornalista de um jornal que mendiga apoio ao governo de turno, aka impostagem sobre os contribuintes, perora sobre o sucesso do Correio da Manhã.
Trecho retirado de "As manhas que nos trouxeram aqui"
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