Esta semana fui a uma consulta para rever a graduação dos óculos e estavam-me sempre a perguntar:
- E agora, mais limpinho?
A certa altura disse:
- Isso faz-me lembrar o Vítor Pereira e o "limpinho, limpinho".
Pois bem, um artigo limpinho, clarinho e assertivo ontem no JdN:
"Todos estes factos apontam para um conjunto de necessidades que são urgentes:
- a) Promover a competitividade fiscal do país através da redução da "tax wedge";
- b) Garantir a previsibilidade fiscal, através de acordos de regime que assegurem a manutenção de determinado regime por um período superior a uma legislatura (5 ou 10 anos);
- c) Assegurar que Portugal acompanha a tendência dos seus parceiros europeus em matéria de redução da tributação sobre as empresas;
- d) Eliminar a complexidade e falta de transparência do sistema fiscal, que afasta investidores.
Portugal precisa muito de investimento estrangeiro para qualificar a sua economia, acrescentando valor, alinhando a produção com as cadeias internacionais e passando de uma economia de fabrico para uma economia de criação de valor (como afirma Fernando Alexandre, no "made in" ao "created in"). É agora o tempo de o fazer."
Querem aumentar a produtividade do país? Está tudo naqueles 4 pontos acima. Estou farto de ler artigos sobre produtividade com as mais cómicas descobertas sobre como aumentar a produtividade, ou artigos em que sobre o mesmo tema os autores se perdem em rotundas de onde não conseguem ou querem sair.
Trecho retirado de "Portugal competitivo" - recordar Não são elas que precisam de Portugal, Portugal é que precisa delas (parte IV)
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