sexta-feira, maio 24, 2024

Limpinho, limpinho!

Esta semana fui a uma consulta para rever a graduação dos óculos e estavam-me sempre a perguntar:

- E agora, mais limpinho?

A certa altura disse:

- Isso faz-me lembrar o Vítor Pereira e o "limpinho, limpinho".

Pois bem, um artigo limpinho, clarinho e assertivo ontem no JdN:

"Todos estes factos apontam para um conjunto de necessidades que são urgentes: 

  • a) Promover a competitividade fiscal do país através da redução da "tax wedge"; 
  • b) Garantir a previsibilidade fiscal, através de acordos de regime que assegurem a manutenção de determinado regime por um período superior a uma legislatura (5 ou 10 anos); 
  • c) Assegurar que Portugal acompanha a tendência dos seus parceiros europeus em matéria de redução da tributação sobre as empresas; 
  • d) Eliminar a complexidade e falta de transparência do sistema fiscal, que afasta investidores.

Portugal precisa muito de investimento estrangeiro para qualificar a sua economia, acrescentando valor, alinhando a produção com as cadeias internacionais e passando de uma economia de fabrico para uma economia de criação de valor (como afirma Fernando Alexandre, no "made in" ao "created in"). É agora o tempo de o fazer."

Querem aumentar a produtividade do país? Está tudo naqueles 4 pontos acima. Estou farto de ler artigos sobre produtividade com as mais cómicas descobertas sobre como aumentar a produtividade, ou artigos em que sobre o mesmo tema os autores se perdem em rotundas de onde não conseguem ou querem sair. 

Trecho retirado de "Portugal competitivo" - recordar Não são elas que precisam de Portugal, Portugal é que precisa delas (parte IV)

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