Acerca da produtividade (parte I)
Há dias publiquei este postal, Sem comentários, com este gráfico:
Quando oiço políticos a falar do fim dos carros movidos a combustíveis fósseis para daqui a uma ou duas legislaturas perco o pouco respeito que ainda podia ter por eles. Olho para o gráfico acima e pergunto?
- Terão um itinerário concreto?
- Fizeram contas?
- Como conseguem garantir que vão ter alternativas?
Este exemplo retrata a leviandade com que políticos tratam tantos e tantos temas. Vejamos outro exemplo, a produtividade.
Qual a diferença de produtividade entre Portugal e outros países da União Europeia?
Segundo um relatório da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a produtividade por hora de trabalho em Portugal é uma das mais baixas da UE, situando-se em cerca de 65% da média da UE27. Isso coloca Portugal como o sétimo país da UE com a menor produtividade por hora de trabalho. Esta situação é contrastante com países como a Irlanda, Luxemburgo e Dinamarca, que estão no topo da lista em termos de riqueza gerada por hora trabalhada:
Como se dá um salto de 35% para chegar à media europeia?
Imaginem que ouviam a seguinte resposta para justificar a baixa produtividade:
- A produtividade portuguesa é baixa porque os trabalhadores ganham pouco e, por isso, são preguiçosos, ocupam demasiado tempo em conversa de café.
Qual seria a vossa reacção?
Continua.
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