domingo, junho 26, 2022

Formas de ver o mundo que se excluem

"continuam centrados na ideia de que o aumento dos gastos é a solução para todos os problemas“, critica a ex-presidente do Conselho das Finanças Públicas, assinalando que “custo de oportunidade dos diferentes gastos é ignorado, implicitamente considerado nulo”. Em suma, em Portugal “os recursos continuam a ser tidos por infinitos”.
Isso também é visível, segundo a ex-quadro do Banco de Portugal, na falta de estudos sobre os “os resultados reais desses gastos”, cuja avaliação “raramente está disponível”.
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Quando os problemas continuam, apenas se apela a ‘mais recursos’, a mais impostos, mais dívida e, mais recentemente – pressão europeia oblige – a cortes contraproducentes em áreas que escapam ao escrutínio até os resultados se tornarem ostensivos. Ou até à próxima crise“, finaliza Teodora Cardoso."

Entretanto, na semana passada, durante a leitura de "A New Way to Think" de Roger Martin sublinhei o que ele escreveu sobre os custos e os proveitos das empresas:

"Costs lend themselves wonderfully to planning, because by and large they are under the control of the company. For the vast majority of costs, the company plays the role of customer. It decides how many good or service, and so even severance or shutdown costs can be under its control.

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The bottom line, therefore, is that the predictability of costs is fundamentally different from the predictability of revenue. Planning can't and won't make revenue magically appear, and the effort you spend creating revenue plans is a distraction from the strategist's much harder job: finding ways to acquire and keep customers."

 Duas formas de ver o mundo que se excluem.

Trechos retirados de "Em Portugal, "aumento dos gastos ea solução para todos os problemas", critica Teodora Cardoso

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