"Até final de abril, cerca de 70% da indústria têxtil e do vestuário terá entrado em lay-off total ou parcial, com a quebra na faturação de 50% a 70% este mês. As estimativas são do líder da associação do setor (ATP), frisando, porém, que “a quebra nas receitas será maior”, pois “os clientes estão a atrasar os pagamentos vencidos de encomendas entregues”. Mário Jorge Machado admite “uma quebra no emprego de 5% a 10%” no conjunto do ano.
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De acordo com o último inquérito de conjuntura semanal da APICCAPS, quase metade (46%) das empresas da “indústria mais sexy da Europa” está atualmente fechada. “Mas deverão voltar ao trabalho regular em maio”, sinaliza Paulo Gonçalves. Do total das empresas inquiridas, 92% reportam um impacto negativo com a pandemia.
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Composto por 15 mil empresas, o setor da metalurgia e metalomecânica está a contar com uma redução de faturação próxima dos 3,5 mil milhões de euros no segundo trimestre (quebra homóloga entre 40% e 50%), que “decorre essencialmente de adiamentos de encomendas e não de cancelamentos”.
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O cluster do mobiliário, que inclui também colchoaria, tapeçaria ou iluminação, num total de 4.500 empresas e 31 mil trabalhadores, estima que a crise do novo coronavírus, que vai pôr dois terços do setor em lay-off, terá um impacto negativo de 30% na faturação anual, em relação a 2019.
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O setor da construção estima um impacto mensal de 493 milhões de euros com a paragem da atividade, tendo em conta a perda de volume de negócios e a manutenção de despesas com trabalhadores e com a banca. Apesar de continuar a haver obras no terreno, o impacto da covid-19 já se faz sentir, designadamente no emprego, com o aumento do número de desempregados, em março, em 11,3%.
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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) espera uma quebra de 50% em 2020, o mesmo cenário admitido pelo Governo para todo o setor. “Teremos choques de receita de 50% face a 2019”,
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O último estudo da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) revela que, para o conjunto de 2020, 55% das empresas preveem um declínio das vendas superior a 20%.
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Há subsetores, como o das flores e plantas, que apontam para quebras na faturação na ordem dos 70%, devido ao corte nas exportações. Mas as empresas mais penalizadas da indústria agroalimentar são as que dependem “em mais de 50%” da hotelaria e da restauração. Como acontece com a indústria do vinho, que registou nas últimas semanas perdas que oscilam entre 20% e 100%, sendo que a média situa-se nos 50%,
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O setor automóvel no seu conjunto representa 19% do PIB, emprega diretamente 200 mil pessoas e pesa 25% nas exportações de bens, com sete das 10 maiores exportadoras em 2019. Nos componentes, a AFIA estima uma quebra de 30% na faturação este ano. A ACAP admite uma quebra de pelo menos 25% na produção automóvel e de mais de 35% nas vendas de veículos.
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Na semana de 13 a 17 de abril, quase um quinto das empresas de construção e atividades imobiliárias já dava conta de uma redução superior a 75% no volume de negócios, enquanto mais de metade apontava para quebras entre os 10% e os 50% nessa semana."
terça-feira, abril 28, 2020
Let that sink in, quietly
O Jornal de Negócios de ontem traz um artigo, "O que esperam para 2020 os principais setores da economia?", que ajuda a perspectivar o que aí vem na economia portuguesa:
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