sexta-feira, novembro 29, 2019

Cuidado com a facilidade com que projectamos o contexto

Na sequência de "Tempo para desenhar cenários alternativos"
the future remains the essential missing element in strategy.
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Most strategies take the future for granted, assuming future conditions will be similar to those of today, and presenting the achievement of future goals as a fait accompli.
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There are many definitions of strategy, and to varying degrees most of these touch on the concepts of goals, directions, pathways and plans, yet very few explicitly focus on the central role of the future, or rather our perceptions of the future. Most therefore underplay the critical relationship between the goals being set, the strategies being developed and the future environments in which these strategies might be played out.
Instead, by simply presenting strategy as ‘a path to get from here to there’, plausible changes in the business environment are either ignored or taken for granted. The illusion of managerial control and future certainty is propagated, as the achievement of corporate goals is falsely presented as a fait accompli; as long as management can get its planning right (HOW), everything will be fine. Serious consideration is rarely given to the changed future conditions in which these goals might have to be achieved, or even whether the goals will remain legitimate in light of these changed conditions.”
Ontem li no JdN "Calçado português trava a fundo":
"As exportações da “indústria mais sexy da Europa” vão fechar 2019 em forte baixa, pelo segundo ano consecutivo, após uma década a bater recordes. São cada vez mais as empresas do setor que “enfrentam dificuldades financeiras”.
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Após 10 anos gloriosos, acumulando um crescimento de cerca de 50% nas vendas ao exterior e multiplicando por quatro o número de mercados, a indústria portuguesa do calçado perdeu fulgor e o palco mediático como farol de um desígnio nacional chamado exportações."
Alguns sintomas desgarrados (?) como "Desemprego sobe? Culpa é da criação de emprego “menos vigorosa”".

Alguma coisa está a mudar? É claro que Krugman tinha razão quando dizia que os sectores não vendem, são as empresas em particular que vendem... ou não.

Cuidado com a facilidade com que projectamos o contexto do passado e presente, para o futuro. Quando podemos ser mais um perú para o Dia de Acção de Graças ou na véspera da Páscoa.

Trechos retirados de “Rethinking Strategy” de Steve Tighe.

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