No Público de ontem em "
Ritmo do crescimento das exportações caiu para metade" verifico que, depois das eleições, os so-called jornalistas tiveram autorização para começar a desmontar o cenário do oásis:
"Quatro dos maiores sectores de exportação mandaram apertar o cinto de segurança. Os números do Instituto Nacional de Estatística sobre o comércio internacional de bens mostram que as vendas ao exterior da metalurgia/metalomecânica, do agro-alimentar, do têxtil/vestuário e do calçado estão a inclinar para o pior lado."
Quem acompanha este blogue sabe que o perfil de exportações há vários anos que se vem a fragilizar. Recordar, por exemplo:
O artigo não traz mais nenhuma novidade para quem lê este blogue. No entanto, saliento algo que ilustra a loucura em que andamos atolados:
"Rafael Campos Pereira salienta a importância da manutenção das taxas de juro baixas, dado que isso permite alimentar algum investimento nas grandes empresas estrangeiras que são importantes parceiros comerciais deste sector nacional."
Sempre que oiço/leio alguém defender as taxas de tudo muito baixas, recuo a
Julho de 2008 e a este diagrama:
Quanto mais baixa a taxa de juro, mais baixo o risco, mais baixa a rentabilidade potencial dos projectos aprovados. Basta as taxas de juros subirem um bocado para estes projectos morrerem facilmente por incapacidade de libertarem meios para servir a dívida.
Uma outra nota a merecer comentário:
"Por outro lado, na indústria do metal pede-se que o próximo governo tome medidas fiscais que ajudem o sector a lidar com o “maior desafio de todos” que é a falta de pessoal."
Rafael Campos Pereira, da AIMMAP, já devia ter começado a preparar os associados para o desafio da subida na escala de valor. Recordo:
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