sexta-feira, outubro 05, 2018

Universidades e estratégia



Eclesiastes 3:1-8

É este eterno retorno, eterna maré que vemos quando olhamos para o fluxo das estratégias ao longo do tempo. É a tradução das subidas e descidas dos montes e vales na paisagem competitiva enrugada.

Em Fevereiro de 2007 escrevi "Formular uma estratégia, é a actividade mais sexy da gestão (1)":
"Durante anos, anos de excesso de alunos, face ao número de vagas nas universidades públicas, áàs universidades privadas bastava existirem, terem vagas para assegurarem a sua subsistência.
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A demografia minou este modelo de negócio, o número de alunos baixou e, em simultâneo, o número de vagas no ensino superior público subiu…"
É preciso pensamento estratégico para outro nível do jogo:
"Nos tempos que correm, não basta ter a porta aberta e esperar que os alunos venham a correr matricular-se, é preciso seduzi-los, é preciso convidá-los a vir, porque existe concorrência, quer de universidade privadas, quer de outras instituições públicas.
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Assim, há que “calçar os sapatos” de um potencial “cliente” e perguntar:
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“Porque é que deverei optar por essa Escola? O que é que eu ganho pessoalmente, se preferir essa Escola, em detrimento das outras?” "
Agora, em Outubro de 2018 temos "Porque é que há cada vez mais universitários a preferirem as privadas?" onde encontramos a resposta: diferenciação, bolsas para os melhores alunos, empregos dentro da universidade.
"Qualquer empresa privada, minimamente organizada, passa por este desafio várias vezes ao longo da sua existência. Formular uma estratégia, escolher o terreno onde pretende combater, escolher o nicho onde pretende prosperar."
Interessante, o governo decidiu cortar lugares nas universidades públicas no litoral para canalizar alunos para as universidades públicas do interior e... os alunos foram para as privadas do litoral que ficam mais baratas depois de considerados todos os custos... faz-me lembrar "The Predator State"

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