quarta-feira, junho 28, 2017

Surpreso explica a surpreso

A propósito de "Têxtil português conta história de sucesso ao FMI" onde se pode ler:
"“foi uma conversa simpática, na qual o FMI se mostrou muito interessado e surpreso por uma indústria dita tradicional ser hoje uma indústria moderna, incorporando tecnologia, design e serviço e aumentando a sua presença global“.
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Os responsáveis pelo setor têxtil aproveitaram a ocasião para demonstrar como um setor condenado há uma década exibe hoje uma dinâmica renovada e aparece como exemplo para outros setores na economia tendo, em 2016, ultrapassado a fasquia dos cinco mil milhões de euros em exportações.
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A ATP destacou ainda, na sua apresentação, a mudança de paradigma do setor baseando-se a competição no valor e não no preço, o que implicou por parte do setor uma aposta no design, na moda, na tecnologia, na inovação e no serviço. E também um investimento em missões internacionais e na participação nalgumas das mais importantes feiras do setor."
Não deixo de enquadrar esta surpresa do FMI no que relato aqui há anos e anos como sendo a mentalidade da tríade, baseada no século XX: eficiência, escala, volume, custo.

E recordando aquele título "Sei o que fizeste no Verão passado" viajo até 2010 e a "Arrepiante". Não foi só o FMI que ficou surpreso, foi a própria cúpula da ATP uma vez que a revolução foi bottom-up e começou pelas empresas mais pequenas.

A propósito deste exemplo usado pela ATP:
"Isabel Furtado fez inclusivamente uma apresentação do grupo TMG, especialmente focada na mudança de uma empresa têxtil convencional para uma altamente tecnológica."
Recordo este postal escrito num parque de campismo no Gerês "Exemplo da diversidade intra-sectorial".

A TMG que apresentaram ao FMI não tem nada a ver com o têxtil... foi onde tive o meu primeiro emprego.

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