sexta-feira, outubro 21, 2016
Oportunidades e ISO 9001
A propósito da ISO 9001:2015 e dos riscos e oportunidades pergunto: quantos exemplos de tratamento de oportunidades já viram?
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Acerca do tratamento dos riscos há muita coisa mas acerca das oportunidades ... talvez por isso tenha recebido esta semana um e-mail a perguntar-me como lido com o tema.
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A minha resposta foi mais ou menos esta:
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Com uma empresa, usámos o mesmo método que para os riscos (matriz que avalia a interacção da probabilidade com a gravidade) com esta interpretação:
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Avaliar se a oportunidade merece ser perseguida proactivamente, tendo em conta: a gravidade (aqui lida como benefício potencial) X a probabilidade (probabilidade da oportunidade se manifestar). Por exemplo:
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Oportunidade: Participar em feiras;
Gravidade/Benefício: Poder chegar ao conhecimento de potenciais clientes que nunca ouviram falar de nós ou não sabem o que fazemos - Avaliação: Elevada (para empresa que nunca participou em feiras) ou Média (para empresa que tem participado em feiras regularmente)
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Probabilidade: A feira em causa é visitada pelo tipo de clientes que procuramos? Sim - Avaliação:
Elevada (Potencial para nos darmos a conhecer a clientes novos que nunca trabalharam connosco) ou Média (Se não sabemos usar as feiras ou se o histórico de conversão de contactos em negócios é fraco)
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Com outra empresa usámos outra avaliação para as oportunidades. Uma oportunidade é avaliada pelo potencial que tem de provocar dois tipos de beneficios:
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Avaliação de uma oportunidade = Potencial para satisfazer clientes que interessam X Potencial para aumentar a facturação (Ambos os potenciais avaliados como Elevado, Médio ou Baixo).
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Que método usam?
BTW, Mirandela é uma cidade bonita.
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Acerca do tratamento dos riscos há muita coisa mas acerca das oportunidades ... talvez por isso tenha recebido esta semana um e-mail a perguntar-me como lido com o tema.
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A minha resposta foi mais ou menos esta:
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Com uma empresa, usámos o mesmo método que para os riscos (matriz que avalia a interacção da probabilidade com a gravidade) com esta interpretação:
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Avaliar se a oportunidade merece ser perseguida proactivamente, tendo em conta: a gravidade (aqui lida como benefício potencial) X a probabilidade (probabilidade da oportunidade se manifestar). Por exemplo:
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Oportunidade: Participar em feiras;
Gravidade/Benefício: Poder chegar ao conhecimento de potenciais clientes que nunca ouviram falar de nós ou não sabem o que fazemos - Avaliação: Elevada (para empresa que nunca participou em feiras) ou Média (para empresa que tem participado em feiras regularmente)
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Probabilidade: A feira em causa é visitada pelo tipo de clientes que procuramos? Sim - Avaliação:
Elevada (Potencial para nos darmos a conhecer a clientes novos que nunca trabalharam connosco) ou Média (Se não sabemos usar as feiras ou se o histórico de conversão de contactos em negócios é fraco)
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Com outra empresa usámos outra avaliação para as oportunidades. Uma oportunidade é avaliada pelo potencial que tem de provocar dois tipos de beneficios:
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Avaliação de uma oportunidade = Potencial para satisfazer clientes que interessam X Potencial para aumentar a facturação (Ambos os potenciais avaliados como Elevado, Médio ou Baixo).
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Que método usam?
BTW, Mirandela é uma cidade bonita.
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5 comentários:
Exactamente as mesmas duas abordagens, excepto que na primeira em vez de benefício utilizei a expressão "potencial", que tem uma conotação natural para o lado positivo (mas ainda não é a expressão perfeita... :)).
Aranha, reparou se alguém escreveu alguma coisa sobre isto?
Todos escrevem sobre os riscos, os tipos do terreno é que pensam nas oportunidades
Bom, eu escrevi isto (e bati os meus records de visualizações nos vários canais em que divulguei, já agora): http://www.logikk.pt/4-topicos-para-dominar-a-gestao-do-risco-iso-90012015/ :) :)
O que tenho constatado é:
- Parece-me que anda tudo agarrado ao que é mais "imediato", que é o risco negativo;
- Mesmo em acções de formações por entidades xpto (algumas até fazem certificação...), dizem-me participantes que os positivos passam muito ao lado (mas só falam nisso depois de eu perguntar, em descrição livre não o referem, não ficou nada);
- No mesmo contexto (formações), há uma "certa propensão" para centrar atenções nas normas de gestão do risco (ISO 31000 à cabeça, está mesmo a jeito para o negócio e para quem precisa de cábulas, mesmo que sejam sobre cozinhar pernil e a empresa seja vegan).
Donde concluo que:
- Muitos actores ainda não conseguiram tempo para ler a norma (é muito extensa), ainda só leram uns resumos/ cabeçalhos;
- O negócio está na mesma;
- Está tudo na mesma. (não é uma repetição, é reforço).
Nota: Mesmo em alguns grupos do Linkedin onde por vezes surgem discussões interessantes não encontro grandes referências.
Interessante o método para avaliar os riscos (positivos). Bem visto.
Pessoalmente tenho usado um filtro tipo matriz multi-critério, ponderada ou não, usando critérios como: alinhamento da oportunidade com o propósito e estratégia da empresa, contribuição para os objectivos (resultados financeiros e de cliente), dificuldade técnica (recursos) em perseguir a oportunidade, prazo para "colher" os potenciais benefícios, retorno esperado da oportunidade face aos custos da sua exploração? Sinergia com outras oportunidades?...
Os critérios são definidos/discutidos e pontuados em equipa, as oportunidades com total superior a X passam à próxima fase, as restantes ficam a "marinar" (podem ser reavaliadas numa próxima - o contexto, por exemplo, pode alterar) ou são simplesmente eliminadas. Um cliente dizia-me: "Isso já é o que eu faço, sempre tive que decidir que oportunidades perseguir e quais abandonar!"...pois, uma equipa experiente tem os critérios que lhes interessam já incorporados no seu modelo mental e uma boa discussão com voto democrático é suficiente, com a vantagem de incorporar aqueles critérios difíceis de colocar numa folha de excel: bom senso, gut feeling,...
IMHO, a maior dificuldade reside em identificar as oportunidades de uma forma sistematizada ou seja, no trabalho que está antes de aplicar o filtro. Como alimentar um bom banco de oportunidades? Do mesmo modo que identifico os riscos negativos? Então, porque é tão mais difícil identificar oportunidades (riscos positivos) do que riscos negativos?
Gostava de vos ouvir.
Caro cop,
Obrigado pelo contributo, parece ser de alguém que já dedicou bastante tempo a este tema.
Será que temos de pensar em incerteza, independentemente de ser conotada de positiva ou negativa?
A verdade é que quando penso no risco como a possibilidade de não atingir um objectivo fica tão fácil identificá-los. Já quanto às oportunidades .... é tão deficiente a minha abordagem, ainda não apanhei um método "que possa escalar"
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