domingo, outubro 02, 2016

Competitividade e produtividade

Ontem chamaram-me a atenção para este texto, "A competitividade é a produtividade do topo".
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Um texto que expõe as ideias que defendemos por aqui há muitos, muitos anos contra a tríade, contra o mainstream.
"É importante ser eficiente, mas é vital ser eficaz, [Moi ici: Quem conhece este blogue está mais que habituado a esta linguagem. Por exemplo: "Eficácia, eficiência, e produtividade"] ser competitivo. Isto é, não apenas trabalhar bem, mas trabalhar bem a fazer o que vale a pena.
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Em termos de produtividade estrita, o aumento do valor do "output" por hora do trabalho de cada profissional, organização, região e do país como um todo, pode fazer-se dentro do que sempre se fez, ou seja, no âmbito dos negócios, cultura, estruturas, tecnologias, sistemas, qualificações, competências e capacidades de cada um, mas apenas até um certo ponto - parafusos serão sempre parafusos, nunca poderão ser novas tecnologias ou medicamentos. Este é o ponto vital para o aumento da produtividade: a competitividade. Não apenas melhorar, aumentar a eficiência, mas mudar, evoluir no sistema de valor, sofisticar produtos e serviços e alterar processos de trabalho.
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A competitividade é a produtividade colocada num contexto de mudança.
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Quando muita gente se questiona: produzir mais como? A resposta é fazendo outras coisas, de outras formas, aproveitando gente qualificada em domínios inovadores.
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São dinâmicas diferentes, a produtividade e a competitividade, mas estão relacionadas."
A propósito destes últimos sublinhados recordar: "Acerca da produtividade, mais uma vez (parte I)":
"Quando as pessoas falam da produtividade partem sempre do princípio que o que se produz se mantém constante ao longo do tempo... a produtividade é vista como uma medida de eficiência porque:
Porque se assume que a qualidade das saídas se mantém constante ao longo do tempo..."
O truque é mudar o que se faz, procurar alternativas com maior valor potencial para os clientes, e que podem, por isso, ser vendidas a um preço unitário mais elevado.
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Termino com esta frase escrita em Fevereiro último em "Aprenda a duvidar dos media (parte XV)":
"Aprendam de uma vez: ter mais produtividade não é o mais importante, sobretudo se for medida à engenheiro. O essencial é competitividade!!"
Produtividade medida à engenheiro: aqui.

BTW, deste postal do passado mês de Setembro, "Apontar aos segmentos e necessidades underserved":
"Apontar aos segmentos e necessidades underserved é apostar no campeonato da eficácia, é apostar na subida na escala de valor, é apostar no numerador da equação da produtividade. É, ser alemão!!! Fugir da roleta da desvalorização cambial como ferramenta de competitividade."
 Agora, tenham a curiosidade de ir pesquisar no marcador abaixo o que escrevo ao longo dos anos acerca do "Fórum para a Competitividade" e percebam como considero essa organização algo de nefasto para a competitividade do país.

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