Mês: Maio
Local: Valpaços
Contexto: Campanha eleitoral para as legislativas de 2011
Tema: Exportações, TSU, custos unitários
Convido à leitura deste postal enquadrador de Fevereiro deste ano "Outro testemunho, outra prova do tempo". Original de Maio de 2011:
"Se me vendem a redução da TSU para tornar as empresas que exportam mais competitivas não engulo.Depois, podem ler:
Se me venderem a redução da TSU para facilitar a vida às empresas que vivem do mercado interno concordo.
Se me venderem a redução da TSU para capitalizar as empresas concordo."
"O ritmo forte de crescimento das exportações em Portugal registado nos últimos anos, que muitas vezes foi apresentado como um dos resultados da aplicação das reformas estruturais previstas no programa de ajustamento da troika no país, não foi afinal mais do que um regresso à tendência de longo prazo deste indicador e poderia ter ocorrido mesmo sem a aplicação dessas políticas, defende uma avaliação independente encomendada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) às intervenções realizadas durante a crise do euro."Desconfio que nem os autores deste estudo percebem as razões para o sucesso das exportações portuguesas.
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O relatório observa que a redução dos custos unitários de trabalho (que poderia resultar em mais competitividade) foi bastante modesta, pelo que “parece mais provável que a força nas exportações reflectia a resposta das empresas à queda da procura interna, em vez de corresponder a efeitos de curto prazo das reformas estruturais”. E conclui ainda que “a maior parte do aumento pós-2010 nas exportações reflecte um regresso à tendência”."
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Desconfio que também eles desconhecem estes números revelados nesta série:
E estes outros:
Uma dica, este postal de 2008:
"No limite pode acontecer, sair duma crise estrutural e cair numa crise conjuntural."
Pena que nestes estudos se esqueçam sempre do sector mais vulnerável e de maior dimensão em Portugal, o não transaccionável.
Trechos retirados de "Retoma das exportações em Portugal teve pouco que ver com a troika"
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