quinta-feira, abril 23, 2015

Curiosidade do dia

Foi assim que aprendemos o método científico:

  • identificar as variáveis relevantes que actuam no sistema;
  • seleccionar uma variável e actuar sobre ela variando a sua intensidade, mantendo todas as outras constantes;
  • registar o resultado;
  • trocar de variável e repetir o mesmo procedimento;
  • repetir para todas as variáveis, uma a uma.
Depois, descobrimos que esta metodologia além de lenta, pouco eficiente, podia gerar erros importantes, porque não considera as interacções entre variáveis que acontecem na vida real.
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Assim, nasceu o desenho de experiências onde tudo se altera em simultâneo.
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Acho bem que desde pequeninos, aprendam a programar, aprendam a tratar por tu e a brincar com as impressoras 3D.
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Duvido é que garantam empregos, ou porque eles já não existirão como tal, ou porque toda a gente saberá programar, como hoje sabe escrever.
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Ao mexer numa variável, todas as outras reagem.

3 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

O objectivo não parece ser garantir emprego aos programadores mas sim garantir às empresas programadores a 400 ou 500 euros por mês.

CCz disse...

Leia menos o Público e oiça menos a Constança, essa gente encharca-nos o cérebro em cortisol, ficamos pessimistas militantes, com este governo, com o anterior e com o próximo.
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Alguma sugestão para o tema? Não dar essa formação? Dar uma formação alternativa?

Carlos Albuquerque disse...

O cortisol não me vem de ler o Público (só leio um artigo online de vez em quando) e não posso ouvir menos a Constança porque não a ouço de todo.

O cortisol vem-me de ouvir palestras como esta https://www.youtube.com/watch?v=lA-zdh_bQBo

As condições de trabalho de muitas pessoas vão no sentido de eliminar qualquer sentido moral e tratar as pessoas como autómatos. Quando essas pessoas são professores ou profissionais de saúde, o efeito destas alterações nas estruturas repercute-se gravemente em milhões de pessoas e de famílias.

A educação foi transformada num repertório de centenas de itens, em que a quantidade e a vastidão de matérias impedem qualquer aprofundamento sério e em que se valoriza essencialmente a capacidade de funcionar de forma mecânica. No caso do 1.º ciclo há nas metas um desconhecimento do que é uma criança e de quais são as suas capacidades.

A educação em Portugal passou a ser uma imensa máquina de preparação e realização de exames. É isto o que vai ser necessário daqui a uns anos? Uma educação que prepara robots todos iguais, digna da época industrial, saudosa dos anos de 1950? Leio por aqui que o futuro é Mongo e vejo a educação neste estado. Acha que a culpa é da Constança ou do Público?

Quanto à formação em programação parece-me óptima. Uma espécie de andorinha que anda a esvoaçar no frio do Pólo Norte, com o destino que espera uma andorinha no Pólo.