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Daqui a uns anos, muita gente vai estar a culpar os governos e Cavaco por causa das consequências do acordo comercial Europa/Estados Unidos.
"Se os têxteis, o vestuário e o calçado português estão na linha da frente para beneficiar do acordo comercial Europa/Estados Unidos, são os fabricantes de maquinaria eléctrica e de produtos químicos quem terá mais a perder quando este entrar em vigor.O secretário de estado, Bruno Maçães, parece que não aprendeu com a adesão à CEE, ou com a abertura da UE à China:
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na maquinaria eléctrica e na química espera-se “uma contracção relativamente grande”."
"É por isso necessário “influenciar a negociação” para que estes sectores "ganhem tanto como os mais beneficiados" e também é preciso garantir que passam a "ocupar um espaço maior da cadeia de valor para ancorá-la em Portugal". Isto tem de ser feito "com investimento inteligente", defendeu."Como é que os sectores da maquinaria eléctrica e de produtos químicos vão subir na cadeia de valor via negociações?
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Acaso as medidas negociadas antes da adesão à CEE e da abertura à China foram eficazes? Por que é que as medidas negociadas agora serão eficazes?
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Subir na cadeia de valor não é algo que se consegue via negociação, subir na cadeia de valor é uma aposta individual, é uma aposta muito pessoal de cada empresa. Cada vez me convenço mais que as estratégias que triunfam são as que não resultam de formulações muito elaboradas mas as que se alicerçam sobretudo na experiência, na história, e emergem até que são percebidas como um padrão de actuação com potencial e, por isso, são agarradas e aproveitadas.
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Assim, se as Associações destes sectores tiverem gente com visão à sua frente, estarão agora a pensar como criar, no curto-prazo, um choque nos dirigentes das empresas para os colocar numa "burning platform", para os induzir a começar a pensar a sério num futuro alternativo onde possam ter uma oportunidade. Só um choque pode gerar a motivação para procurar uma alternativa estratégica.
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Trechos retirados de "Maquinaria eléctrica e sector químico serão os mais penalizados com acordo comercial UE/EUA"
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