terça-feira, fevereiro 26, 2013

Exportações com inovação

Tenho comentado com várias pessoas das minhas relações o desempenho do sector da cortiça e, sobretudo, do grupo Amorim. E, depois de ler "Exportações de cortiça voltam a aumentar" tudo se confirma.
"A Amorim, a maior produtora de cortiça nacional, encerrou 2012 com um recorde de 511 milhões de euros em vendas, relatando um aumento de 22,9% face ao ano anterior. Em termos absolutos, o EBITDA da empresa registou um crescimento de 13,8%, ascendendo a 82,5 milhões de euros.
.
João Rui Ferreira, presidente da Associação Portuguesa da Cortiçar (Apcor) refere que “o aumento das exportações demonstra, por um lado, a preferência dos mercados pelos produtos de cortiça e, por outro lado, é o resultado da estratégia da indústria da cortiça, levada a cabo nos últimos anos. A inovação e o reforço dos índices de qualidade dos produtos aliados a uma clara aposta na comunicação e em novos mercados são alguns dos exemplos do trabalho em curso que nos conforta e inspira para um futuro mais promissor”.
.
A Amorim, por sua vez, refere que o seu sucesso se deve tanto ao aumento da eficiência operacional como à diversificação das suas actividades e ao incremento do negócio extra europeu."
 Pessoalmente, não gosto de muitas práticas que a Amorim segue com os seus fornecedores; contudo, tenho de reconhecer que têm feito um trabalho notável na área da inovação, no desenvolvimento de novas aplicações para a cortiça.
.
Cada vez mais empresas exportadoras usam a inovação para fazerem a diferença.


Há dias, o Jornal de Negócios publicou o artigo "À conquista dos mercados mais exigentes" uma conjunto de empresas que perceberam que não podiam competir no mercado do preço, que não podiam produzir commodities. Por isso, apostaram em trabalhar para clientes exigentes:
"Exportam brinquedos para o Reino Unido, componentes de calçado para Itália ou assessórios de moda em pele de cortiça para a Alemanha. São pequenas e médias empresas portuguesas e não receiam a concorrência dos mercados europeus mais sofisticados.
...
A aposta na exportação para mercados mais sofisticados é também uma realidade para a Atlanta Itália, Alemanha ou os países nórdicos estão desde há vários anos na rota desta empresa do distrito do Porto (Moi ici: Na Lixa) que se dedica ao fabrico de componentes para calçado.
...
Aqui, ganham peso as apostas na investigação e em novos produtos, mas, também, o cumprimento rigoroso dos prazos contratualizados com os clientes, diz Joana Cunha.
...
A presença nos mercados do Norte da Europa ou dos Estados Unidos da América é a consequência directa da estratégia gizada para a Silvex. O investimento na investigação de novos materiais e produtos foi fulcral, evidencia Hernâni Magalhães, administrador desta empresa. "Em 2009, apostámos no desenvolvimento de produtos à base de polímeros biodegradáveis, sabendo que o seu destino seriam mercados diferentes do português, nomeadamente, Norte da Europa, Escandinávia, Alemanha e Inglaterra", explica ao Negócios.
.
A "invenção" de uma película aderente biodegradável , um produto que despertou interesse nos mais diversos mercados, fez com que chegassem aos mercados europeus e norte-americano. E não só. "Há interesse de outros países, como, por exemplo, a Austrália,"
Quanto mais exigente for o mercado para o qual uma empresa trabalha, mais oportunidades há de a concorrência não ser pelo preço.

Sem comentários: