quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Detectam dois padrões?

O Paulo Vaz e o LR, recentemente, chamaram a atenção para o fenómeno:

"Entretanto, fonte da Danone em Portugal garantiu à TSF que a produção da fábrica de Castelo Branco não vai ser afetada pela reestruturação que o grupo agroalimentar vai fazer na Europa, mas nos escritórios em Lisboa é certo que haverá despedimentos."
Ontem, sublinhei:

"A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou maior número de despedimentos, com um total de 594 trabalhadores despedidos no âmbito de despedimento colectivos concretizados por 53 empresas."
Hoje, encontro:

"Dos 120 postos de trabalho a criar até 2015 através deste investimento de oito milhões de euros, 40 a 60 estarão a trabalhar até ao final do primeiro semestre.
A Altran passou por "algumas dificuldades" na primeira fase de recrutamento de engenheiros para o centro de serviços "Nearshore", que arrancará em Março no Fundão."
Detectam dois padrões?



8 comentários:

CCz disse...

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/Detalhe/procura_se_para_a_industria_real_e_para_o_comercio_virtual.html

Zé de Fare disse...

Estou à espera da sua crítica. Afinal a AICEP e a CMFundão (tudo Estado) estão a oferecer as calças e o que se mete dentro das calças para "ajudar" a Altran ou será só em Lesboa que se oferecem coisas? As pessoas estão a recusar os salários oferecidos pela empresa. É preferível emigrar para o país de origem da Altran e retirar lá o trabalho aos nacionais desse país.

CCz disse...

1º ponto.
Este blogue é contra toda a gama de apoios e subsídios do Estado. Um veneno que distorce a concorrência e faz com que, mais vezes do que o desejável, triunfe quem tem melhores contactos com o poder do que quem tenta satisfazer os clientes. Sem eles, seria ainda mais forte a pressão para reduzir impostos.
2º ponto.
Afinal a crise não é assim tão grande.

Carlos Albuquerque disse...

"Afinal a crise não é assim tão grande."

Claro que não. Como diria o Ulrich, ainda não estamos todos a viver debaixo da ponte.

E se o estado deixar de subsidiar os mais fracos estes desaparecem rapidamente, deixando o lugar aos mais fortes e capazes, que assim pagarão menos impostos.

CCz disse...

LOL

Estou farto de PPP!

Carlos Albuquerque disse...

Pois. O problema é este raciocínio ser também aplicado às pessoas.

Mas no fundo quando estamos a tratar de pessoas e não de mercados, o poder é o poder e cultivar melhores contactos é uma aptidão.

Imaginar uma sociedade fundada em mercados, fornecedores e clientes é não perceber grande coisa de humanidade.

CCz disse...

"Os apoios são todos concentrados nas empresas e esquecem-se das pessoas."

http://balancedscorecard.blogspot.pt/2008/12/como-eu-olho-para-crise.html

CCz disse...

http://www.ionline.pt/dinheiro/se-2012-foi-mau-este-ano-esta-pior-insolvencias-sobem-19-fevereiro

"Insolvências em Lisboa disparam 40% em Janeiro e Fevereiro"

Há dias escrevi no twitter algo como: empresas que subfacturavam (que não passavam facturas de parte importante das vendas)na venda a consumidores, o melhor que têm a fazer é fechar e abrir com outro NIF. Arriscam-se a ter a Autoridade Tributária a obrigá-las a pagar impostos sbre os ano anteriores quando em 2013 facturarem bem mais do que em 2012, 2011 e 2010