Pela primeira vez, preto no branco:
- "Se me vendem a redução da TSU para tornar as empresas que exportam mais competitivas não engulo. Tirando o caso das commodities, associadas a grandes empresas, o preço não é o order-winner das nossas exportadoras. Só conheci o paradoxo de Kaldor na semana passada.
- Se me venderem a redução da TSU para facilitar a vida às empresas que vivem do mercado interno concordo, o grosso do emprego está aqui e estas empresas vão viver tempos terríveis, o aumento futuro do desemprego virá sobretudo daqui, e tudo o que for feito para lhes aliviar o nó na corda que vai asfixiando o pescoço das empresas será bem vindo.
- Se me venderem a redução da TSU para capitalizar as empresas concordo."
"Aquele responsável discordou ainda que com a TSU se proceda a uma transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o problema do país é estar "completamente descapitalizado".Só não o disse pela minha ordem.
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"Não estamos a transferir rendimentos de ninguém para ninguém, estamos a tentar manter postos de trabalho. Isto é do interesse de todos, não é só de alguns", sublinhou."
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O resto, prima pela falta de capacidade de comunicação, e levanta hostilidades desnecessariamente.
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Agora percebo o Logos, têm de acertar o Ethos e o Pathos.
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Trechos retirados de "António Borges: Empresários que criticaram medida da TSU são "ignorantes"
5 comentários:
E é indiferente a forma de compensar a TSU que as empresas deixam de pagar?
http://m.negocios.pt/opn.aspx?id=581523
O penúltimo parágrafo está soberbo!
a alternativa é mais desemprego.
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A maioria das exportadoras e das que pudessem iria repor salários. As outras despediriam menos.
Vamos ver se estou a perceber: a medida ia sobretudo ajudar quem vive do mercado interno. Mas quem vive do mercado interno são empresários ignorantes, que querem manter o status quo e não querem nada ser ajudados.
É sempre interessante ver alguém defender que o governo é que sabe como é que todo um conjunto de sectores da economia deve ser ajudado!
Curiosamente o único estudo macroeconómico publicado (feito por investigadores da Univ. do Minho) indica que o desemprego aumentaria.
A fé na infalibilidade de António Borges é um exemplo para muitas religiões do mundo.
Se a medida da TSU tivesse sido anunciada num dado momento, e a do aumento do desconto para segurança social aí um mês depois, ia parecer apenas que finalmente o governo tinha feito o que todos há muito pediam (TSU) e, por outro lado, que as duas medidas não tinham nada a ver uma com a outra.
Estaria tudo já aceite e "afinado" e não teríamos tido aquela maçada desta tarde, que tanto sono provocou e tanta quebra de audiências televisivas gerou.
Assim, houve entretenimento por uns dias, e avançou o segundo plano A do Governo.
(e alguns riem pra dentro)
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