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Lembram-se do retrato do país que as elites lisboetas da esquerda à direita mantêm? Novembro de 2010.
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Agora, os números começam a obrigar alguns a perceber o que realmente se está a passar:
"Captam investimento, geram emprego, entram em novos mercados, apostam na inovação e no ‘made in' Portugal como critérios competitivos. É por isso que se mantêm em jogo, apesar da crise e das estatísticas sombrias, do fraco investimento e das dificuldades de acesso ao capital.
Mas ainda há boas notícias: os dados mais recentes da Coface confirmam que se criaram perto de dez mil novas empresas em Portugal nos primeiros três meses do ano - só entre Fevereiro e Março, houve mesmo um aumento de 5,2%. A este sinal positivo juntam-se outros indicadores macroeconómicos que atestam da boa performance nacional nas exportações e em sectores estratégicos como tecnologia, energia ou indústria têxtil."
"As exportações têm sido o grande motor de crescimento económico em Portugal. Mas o segredo já não está em fabricar produtos baratos, porque haverá sempre quem os faça a um custo mais baixo. Na inovação e na diferenciação é que está o ganho."Este artigo merece-me três reparos:
- Até que enfim que os media começam a descobrir que existem outras variáveis para além do preço.
- Triste que a lição tenha de ser dada por um inglês que escreve no FT: "Export growth boosts Portugal’s prospects" ("FT elogia papel higiénico preto e sapatos reais feitos em Portugal")
- Os jornais económicos continuam obcecados com a economia de bens não transaccionáveis ou protegida pelo Estado. ainda não aprenderam a relatar a economia que nos está a tirar do buraco.
- "Arquitetos aumentam exportações 150%" e "Internacionalização da EMEF passa pela Suíça e caminha para Moçambique " (Abençoada austeridade que obriga a que quem tem mérito deixe o conforto da ligação ao Estado)
- "Portugal terá este ano o maior número de insolvências da Europa" (Aposto que o número será alto, interessante seria descreverem o perfil por sector. Mas isto é, simplesmente, a reconversão natural e violenta de uma economia que estava assente num modelo insustentável financiado pelo Estado e pelo crédito-fácil)
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