sexta-feira, abril 06, 2012

Acerca da gratificação imediata

Este trecho de "We’re all suckers when a government bets on casinos":
"Study after study, as summarized in this recent comprehensive review, finds that lottery and other gaming revenues come disproportionately from lower income people. Instant games, such as slot machines, are particularly insidious. They prey on those who seek instant gratification, and study after study shows that success in life is strongly related to the ability to defer gratification, to avoid eating the marshmallow."
Fez-me logo a ponte para "Intelligence, Control, Rationality" em "Thinking, Fast and Slow":
"Researchers have applied diverse methods to examine the connection between thinking and self-control. Some have addressed it by asking the correlation question: If people were ranked by their self-control and by their cognitive aptitude, would individuals have similar positions in the two rankings?"
Conhecem a experiência de Walter Mischel? E as conclusões?
"Ten or fifteen years later, a large gap had opened between those who had resisted temptation and those who had not. The resisters had higher measures of executive control in cognitive tasks, and especially the ability to reallocate their attention effectively. As young adults, they were less likely to take drugs. A significant difference in intellectual aptitude emerged: the children who had shown more self-control as four-year-olds had substantially higher scores on tests of intelligence."
Isto tudo por causa da sensação, que há muitos anos paira na mente, de que os partidos políticos usam e abusam da promoção da "instant gratification" para ganhar eleições (as promessas eleitorais de François Hollande são o exemplo mais recente, nonsense completo. Por isso, é capaz de ter alguma sorte...). Sempre tentei relacionar essa postura de facilitismo dos partidos com uma visão termodinâmica, a favor do aumento da entropia. Paralelamente, o discurso da maioria das religiões, ao convidar-nos a fugir da gratificação imediata, funciona com uma barragem ao aumento da entropia e, segundo os psicólogos, aumenta-nos a inteligência.
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Assim, quando todos se queixam da infantilidade dos jovens universitários, ainda ontem li algures que a maioria dos alunos do 1º ano das universidades inglesas tem aulas extra para aprender a ler e a interpretar textos ingleses, talvez fosse de pensar duas vezes nesta história da promoção e exaltação da gratificação imediata... mas dá menos votos.

1 comentário:

CCz disse...

http://www.tvi24.iol.pt/esta-e-boca/licenciados-jovens-ensino-superior-tvi24/1338365-4087.html