segunda-feira, julho 04, 2011
Ainda acerca da "balanced centricity"
"Increasingly successful companies do not just add value, they reinvent it. Their focus of strategic analysis is not the company or even the industry but the value-creating system itself, within which different economic actors (suppliers, business partners, allies, customers) work together to co-produce value'." (Moi ici: A linguagem está datada e contém algumas imprecisões, como aquele "co-produce value" mas o essencial é a ideia de sistema... talvez de modelo de negócio. A actuação concertada de vários agentes que maximização o valor potencial originado na cadeia da procura... não sei se é a maximização do valor originado ou a do valor experienciado por quem tem mais poder na cadeia)
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Trecho retirado do livro "The Value Net - A Tool for Competitive Strategy" de Cinzia Parolini publicado no distante ano de 1999.
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Trecho retirado do livro "The Value Net - A Tool for Competitive Strategy" de Cinzia Parolini publicado no distante ano de 1999.
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4 comentários:
Bom dia Carlos,
Este post não tem a ver com o tema do seu artigo. Hoje de manhã, na M80, ouvi o Camilo Lourenço falar dos estaleiros de Viana do Castelo. Ele disse, e bem, que os estaleiros perderam competitividade porque continuam a produzir barcos que os brasileiros (e outros) produzem, mas a um preço muito mais baixo.
A sua sugestão (do Camilo) passa por uma redefinição estratégica, concentrando a empresa (os estaleiros) num nicho/segmento de mercado, onde a mão-de-obra baixa não seja um factor crítico de sucesso, por exemplo, a empresa poderia passar a produzir barcos de recreio – de luxo. Duvido muito que isto se concretize, mas no essencial concordo com a sua opinião (pelo menos o diagnóstico está bem feito e vai de encontro do que o Carlos aqui tem defendido).
O que acha o Carlos que se poderia fazer relativamente aos estaleiros?
Hoje não consegui ouvir o Camilo. Pelo que li e ouvi os ENVC querem cortar 380 trabalhadores, ou seja, os ENVC terão cerca de 760 trabalhadores...
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Todas as empresas de média e grande dimensão que conheço, na área da metalomecânica não têm esta política de ter toda a mão de obra a seu cargo. Vendem produtos que têm um ciclo de venda muito longo, tendo toda a mão de obra a seu cargo, qualquer proposta que façam vai ter de pagar os salários dos trabalhadores parados e a laborar, logo, vai ser muito pouco competitiva. Depois, porque tem muitos trabalhadores vai ter tendência a procurar os trabalhos que dêem trabalho aos seus trabalhadores, precisamente aqueles projectos onde têm menos hipóteses de serem competitivos.
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Qualquer empresa de metalomecânica com uma gestão com 2 dedos de testa, e temos muitas graças a Deus - as exportações de metalomecânica não automóvel cresceram estratosfericamente nos primeiros 4 meses do ano - começou a fazer, há mais de uma década o que as gestões dos ENVC nunca fizeram. Ter os craques especialistas no quadro e subcontratar a produção bruta a pequenas empresas que podem fazer muita coisa e que, por isso, raramente estão paradas, podendo praticar preços muito mais competitivos.
Há quase 3 décadas ouvi o desabafo de uma arquitecta, que tinha uma empresa industrial com centenas de trabalhadores, sentia-se uma escrava. Tinha de arranjar trabalho para aquela gente toda, e o trabalho era cada vez mais pequeno e valia cada vez menos.
Em empresas suportadas pelo Estado é claro que não vai haver nenhum administrador ou comercial muito preocupado em arranjar trabalho e facturação para o próximo mês. O Portas resolve, ou o Santos Silva resolve...
Pois, eu não conheço os estaleiros e a sua estratégia. Mas a ser assim, como o Camilo e o Carlos dizem, e por aquilo que se vê na comunicação social, a empresa ainda vai tendo algumas encomendas. Mesmo assim, tem gerado resultados negativos. O que significa que mesmo com trabalho, a empresa dá prejuízo. Um caso objectivo de gestão inadequada, já que as vendas não chegam para pagar os custos da empresa.
Claro, como empresa do Estado que é, é capaz de ter um número de funcionários completamente desajustado. Mas se for como o Camilo refere, a única forma de salvação será mesmo uma reorientação da sua área de negócio, focalizando-se em segmentos de mercado, onde os brasileiros e empresas de outros países com mão-de-obra mais barata não compitam.
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