segunda-feira, abril 11, 2011

Começar mal a semana

Desconfiamos que a semana começa mal quando:
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No Norteamos "Breve e casual comentário" percebemos que há uma corrente de nortenhos, desligados da realidade das empresas do Norte que não dependem do Estado, que só conhecem a realidade que chega aos media e que, por isso, desistiram de acreditar na capacidade da sociedade civil livre e longe das carpetes e biombos do poder.
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No WSJ "Agenda: Portugal gets a little friendly advice", já citado por @JMF1957,  percebemos que vai começar uma campanha da Big-Man Economy destinada a convencer-nos que não somos competitivos a nível mundial e temos de nos contentar com um folclórico posicionamento, algures entre a Albânia e Marrocos, e viver à custa de preços baixos. Só que mesmo com escudo não teríamos hipóteses de competir pelo preço, basta recordar esta tabela com os valores salariais praticados e perceber o abismo que existe. O nosso problema não começou com a adesão ao euro, começou com a abertura da China!!!
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Mas se "Because wages have increased six times as fast as productivity in the past decade, labor costs are so high that Portuguese goods are priced out of world markets" é verdade, como é que quem está a exportar está a exportar a preços cada vez mais altos? Como encaixar isto?
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Nunca esquecer a realidade factual da distribuição de produtividades (ver marcador abaixo) dentro de um mesmo sector de actividade e perceber o que isso significa.
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Todos os anos o Estado gasta milhões a proteger empresas para que elas não soçobrem. Empresas apoiadas são empresas que vivem mais um ano para consumir recursos que eram mais bem aplicados noutro sítio. Empresas apoiadas são empresas que não precisam de se reinventar. Empresas apoiadas são empresas que podem bloquear a entrada de sangue novo no mercado.
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A propósito recomendo a leitura de "Plant Turnover and Productivity Growth in Canadian Manufacturing":
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"Entry is important because new firms and new plants provide an important source of competition to incumbents. They are a source of new products and technologies. In this paper, we outline the size of the turnover in plants that have entered and exited the Canadian manufacturing sector over each of the last three decades—1973-1979, 1979-1988 and 1988-1997. We also examine the contribution of plant turnover to labour productivity growth in the manufacturing sector over the three periods. Plant turnover makes a significant contribution to productivity growth as more productive entrants replace exiting plants that are less productive.
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Plant turnover contributes a quarter of productivity growth in the 1973-1979 period, 20% in the 1979-1988 period, and 15% to 20% in the 1988-1997 period."

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