terça-feira, outubro 19, 2010

Acerca da concepção e desenvolvimento


Consideremos o processo 5.1 Projectar equipamento
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Que conselhos dá a ISO 9001 relativamente a boas-práticas a seguir? A cláusula mais adequada a este processo é a 7.3. Essa cláusula chama-se “Concepção e desenvolvimento”.

No processo 3.1 Desenvolver novo equipamento vamos tratar da concepção, ou seja, como se desenvolve um equipamento novo de raiz. Neste processo 5.1 Projectar equipamento vamos tratar do desenvolvimento de um equipamento já concebido mas que precisa de der adaptado a um cliente em particular para fazer face a uma encomenda concreta de um cliente concreto.
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Gosto de resumir os conselhos da norma ISO 9001 relativamente á cláusula 7.3 no seguinte esquema:

1-Necessidades do mercado
A empresa recolhe as necessidades de um cliente concreto:
  • Pode ser a dimensão do equipamento;
  • O tipo de produtos que produz;
  • O tipo e quantidade de químicos com que trabalha;
  • O volume de produção expectável;
  • As limitações da implantação física no local de trabalho;
A empresa recolhe as exigências legais do país onde o equipamento vai operar:
  • Directiva máquinas, por exemplo;
A empresa recolhe as “Lições Aprendidas” em projectos anteriores.
A empresa recolhe as “Lições Aprendidas” com o tratamento de reclamações e com a assistência técnica.
A empresa recolhe as especificações genéricas do equipamento que saíram do processo 3.1 Desenvolver novo equipamento

2-Especificações para projecto
Com a informação anterior, a empresa traduz os requisitos do cliente (implícitos e explícitos), as exigências legais e as lições aprendidas numa proposta inicial de quais serão as especificações do equipamento numa linguagem interna.
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3-Planeamento do Desenvolvimento
O que a ISO recomenda é que, quando há um esboço das especificações da máquina, se faça um plano do seu desenvolvimento (como na empresa não há produção em série, o plano de desenvolvimento coincide com o plano de produção). Quais as etapas de desenvolvimento/fabrico de um equipamento (pode ser o desenvolvimento de vários módulos que, depois concorrem para uma fase de montage e testes internos) e como se distribuem ao longo do tempo. Além das fases de desenvolvimento devem ser incluídos momentos de revisão (ponto da situação) do projecto (de certeza que o plano inicial vai ter de sofrer alterações ao longo do seu curso), momentos de testes ao equipamento, pontos de encomenda de componentes importantes, e a data prevista para a verificação final do resultado do projecto.
Este plano vai servir para controlar o desenvolvimento do projecto, coordenar o trabalho das pessoas e impor ritmo
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4-Revisão
O projecto começa a ser desenvolvido e o trabalho efectivo a ser realizado. Periodicamente, de acordo com o planeado e sempre que for considerado necessário, devem ser feitos pontos de situação do projecto. Como é que o projecto está a decorrer? Há derrapagens temporais? Há derrapagens orçamentais? É preciso fazer alguma calteração ao projecto inicial?
Na sequência de cada um dos pontos de situação do projecto há que equacionar a necessidade de actualizar ou não o planeamento do desenvolvimento.
Desta fase podem sair “Lições Aprendidas” para incorporar em projectos futuros.
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5-Resultados do projecto
Construído o equipamento há que documentar as especificações finais do mesmo em desenhos e outros documentos.
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6-Verificação
Verificação, em linguagem da ISO 9001, significa confrontar as especificações finais do projecto com as especificações iniciais para projecto e com as necessidades do mercado, para confirmar, para verificar que todas as exigências foram cumpridas. É o equivalente a um controlo final do desenvolvimento.
Desta fase podem sair “Lições Aprendidas” para incorporar em projectos futuros.
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7-Validação
Qualidade é a adequação ao uso.
As especificações podem ser cumpridas e, no entanto, o equipamento não funcionar como o cliente precisa. Segue-se a fase da validação no terreno, após a instalação da máquina em casa do cliente, seguem-se os testes e a formação dos operadores.
A ideia da ISO é assegurar que não ficamos presos às especificações e cegos à realidade do cliente, para confirmar que a máquina fica a operar de forma adequada ao uso.
Nesta fase continuamos a aprender, a descobrir falhas ou oportunidades de melhoria. Por exemplo, alterações que não afectam o cliente, mas que podem facilitar a instalação e a assistência técnica em caso de avaria.
Desta fase podem sair “Lições Aprendidas” para incorporar em projectos futuros.
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E penar que em muitas empresas isto é um papão!!!

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