terça-feira, maio 05, 2009

Nas costas dos outros vêmos as nossas!

Preparem-se para um filme diferente, após a terceira eleição que aí vem.
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""A situação da Irlanda é ultra difícil", uma vez que o país "vê-se confrontado com uma severa contracção da sua actividade económica", frisou Jean-Claude Juncker, após a reunião dos ministros das Finanças da zona euro, realizada ontem em Bruxelas." no Diário Económico.
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Lembram-se do discurso de Medina Carreira esta semana ao Correio da Manhã? Pois bem, Medina carreira está no poder na Irlanda:
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"Minister for Finance Brian Lenihan has doubled the income levy, doubled the health levy, scaled back mortgage interest relief and cancelled the December social welfare bonus.

Mr Lenihan delivered the toughest Budget speech in the history of the State in the Dáil this afternoon which also includes the abolition of pensions for sitting TDs and plans for means testing of child benefit as well as a possible carbon tax and a tax on property in the coming years.

Social welfare payments will not be reduced but a reduction may be needed in the future, Mr Lenihan said. The December bonus normally paid to welfare recipients will not now be paid in 2009 and the jobseeker allowance for the under 20s will be halved and rent supplements will be reduced.

The early childcare allowance paid in respect of pre-school children will be halved from May and abolished by the end of 2009 but a free pre-school year will be introduced. Child benefit paid to all parents will be means tested from next year." (Irish Times) 
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Quem está melhor, Portugal ou a Irlanda?
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Camilo Lourenço no Jornal de Negócios: "Poder-se-á argumentar que Portugal não está sozinho neste campeonato: a Irlanda, que em 2007 tinha um rácio de 43,2%, vai chegar a 2010 com 79,7%; a Espanha, que em 2008 tinha 39,5% vai terminar 2010 com 62,3%; e a Itália, que em 2008 tinha 105%, vai chegar a 2010 com 116,1%. É verdade. Só que qualquer um destes países está à nossa frente em matéria de riqueza. E se para pagarem o que andam agora a pedir emprestado tiverem de crescer menos nos próximos cinco anos, não vem daí grande mal. Connosco o cenário é diferente: o esforço que teremos de fazer para amortizar dívida (impostos mais elevados) não nos permitirá aproveitar a estagnação daqueles países para lhes chegarmos aos calcanhares. Em economia, definitivamente, não há milagres."
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João Cândido da Silva no Jornal de Negócios: "O irredutível optimista encontrará nas previsões de Bruxelas, ainda assim, argumentos para alimentar as suas ilusões. A recessão em Portugal será menos acentuada que na Zona Euro ou na União Europeia. Pela primeira vez no século XXI, o país conseguirá cumprir a promessa da convergência real com os seus parceiros. A Irlanda também andará pior. Mas trata-se de mais um fraco consolo.

Uma vista de olhos pela mais recente edição da "The Economist" desfaz as dúvidas. Um gráfico em que se compara a evolução do produto per capita entre quatro países, revela que o inferno irlandês, com uma descida para perto de 140% da média europeia, parece a terra prometida para Portugal que se situa quase 70 pontos mais abaixo."

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