quinta-feira, abril 23, 2009
Escolha, acaso e inevitabilidade em estratégia (parte I)
Quando iniciamos um projecto de transformação estratégica numa empresa, consciente ou inconscientemente, acreditamos que podemos fazer a diferença.
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Acreditamos que é um bom investimento porque partimos do princípio que conseguimos influenciar o futuro da empresa.
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Como dizia Peter Drucker, a melhor forma de prever o futuro passa por não ficar à espera do que vai acontecer ou do que pode acontecer, mas sim por criar, desenhar e construir o futuro desejado.
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Ao mesmo tempo que tento injectar esta mentalidade proactiva, que nem sempre está presente nas organizações, lembro as palavras do Eclesiastes: humildade, afinal de contas não somos deuses!
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Ou seja, temos de acreditar que podemos influenciar o futuro de uma organização, mas em simultâneo, não podemos acreditar que temos poderes sobrenaturais e que tudo vai correr como planeado.
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Há aqui um equilibrio e mesmo alguma contradição: acreditar que e ao mesmo tempo não acreditar ou recear.
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Este é um tema que me fascina! Por isso, foi com satisfação que encontrei o artigo "Choice, Chance, and Inevitability in Strategy" de Mark de Rond e Raymond-Alain Thietart publicado pelo Strategic Management Journal em Fevereiro de 2007:
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"Strategy is predicated on causation, on the belief that events have causes as well as consequences. Managers make choices precisely because they believe these to contribute substantially to the performance and survival of their organizations. They must do so in the belief that these choices are freely made. After all, strategy would seem pointless in a deterministic universe where yesterday's events dictate today's (as indeed it would be in a completely random world in which there was no discernible connection between choices and consequences). If choice is to make a genuine difference then the world needs some structure, yet not so much as to render it deterministic."
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Continua.
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1 comentário:
Ter conhecido o ccz foi a melhor coisa, que me aconteceu na blogosfera. É pena, que nunca me visite. Tenho tido saudades das nossas conversas blogosferas. Aqui não atrevo a escrever coisas banais, e num dos meus blogues não tenho a certeza, que o ccz lá vá.
E para azar perdi outra vez acesso à minha caixa de @-mail, porque escrevi mais de 5 vezes a palavra-chave errada.
Não sabe como fiquei contente ao ver o seu comentário. Temos de continuar com as nossas conversas, talvez políticas, pois de Economia não percebo nada. A minha amiga Waltraud pergunta sempre por si. Ela se interessa por Economia e Política, e não tem o mínimo interesse por Literatura, coisa que o ccz já tem.
Hoje deixo aqui o meu testamento. Até breve.
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