sábado, dezembro 06, 2008
Não podemos ser pessimistas (parte I)
A minha amiga Teresa, em comentário a este postal escreveu:
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"Penso, no entanto, que nao podemos ser péssimistas e temos de encarar estes factos, mas olhando sempre para a frente."
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Este trecho fez-me recordar uma estória que ainda ontem (ou hoje?) usei durante uma acção de formação.
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Quando eu frequentava o 10º ano de escolaridade (no tempo em que ainda havia dinossauros na Terra), apesar de ser um aluno dedicado e mergulhado na área científica, escolhi a disciplina de Psicologia, em detrimento de Zoologia e Geologia, como disciplina opcional.
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E foi no livro de Psicologia dessa disciplina que encontrei esta fabulosa estória sobre o pessimismo e sobre as opções fechadas, sobre a ausência de saídas, sobre o bloqueio, sobre a capitulação e a desistência.
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Era uma vez um comerciante que viu o seu negócio passar por graves problemas pelo que ficou a dever uma enorme soma de dinheiro a um velho mesquinho e desprezível agiota. O agiota ao ver o tempo passar e os juros a crescerem sem que o comerciante tivesse a possibilidade de lhe pagar a dívida propôs, com indisfarçável água na boca, o seguinte acordo:
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A dívida fica saldada se me deres a tua jovem e bela filha em casamento.
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Tanto o comerciante quanto sua filha ficaram horrorizados.
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Então o agiota, para amenizar a situação e vencer a resistência de pai e filha, propôs que a sorte resolvesse o problema.
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Assim, o agiota propôs que se colocassem dentro de uma bolsa vazia dois seixos da estrada, um branco e um preto. Se a filha retirasse o seixo branco a dívida seria saldada e continuaria a viver com o pai. No entanto, se retirasse o seixo preto… a dívida seria cancelada e a moça teria de casar com o agiota.
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Se a filha se recusasse a retirar um dos seixos do saco o agiota chamaria a polícia e o pai iria para a cadeia.
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O pai e a filha tiveram de concordar com a proposta do agiota.
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Então, o agiota inclinou-se para a estrada cheia de seixos, e sorrateiramente apanhou do chão dois seixos pretos e meteu-os no saco.
Isto foi casualmente observado pela filha do comerciante.
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O agiota, então, pediu à moça que retirasse um seixo do saco. Um seixo que ditaria não só sua sorte como a do seu pai.
A mente da moça era um turbilhão de ideias… o que fazer? O que fazer? O que fazer?
.
Recusar-se a retirar um seixo e ver o seu querido pai ser preso?
Expor o agiota como um impostor, um intrujão sem escrúpulos? E ver o pai ser preso…
Sacrificar-se para salvar o pai da cadeia.
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O que fazer? O que fazer? Qual a saída? Não há saída!!!!
.
Continua.
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"Penso, no entanto, que nao podemos ser péssimistas e temos de encarar estes factos, mas olhando sempre para a frente."
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Este trecho fez-me recordar uma estória que ainda ontem (ou hoje?) usei durante uma acção de formação.
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Quando eu frequentava o 10º ano de escolaridade (no tempo em que ainda havia dinossauros na Terra), apesar de ser um aluno dedicado e mergulhado na área científica, escolhi a disciplina de Psicologia, em detrimento de Zoologia e Geologia, como disciplina opcional.
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E foi no livro de Psicologia dessa disciplina que encontrei esta fabulosa estória sobre o pessimismo e sobre as opções fechadas, sobre a ausência de saídas, sobre o bloqueio, sobre a capitulação e a desistência.
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Era uma vez um comerciante que viu o seu negócio passar por graves problemas pelo que ficou a dever uma enorme soma de dinheiro a um velho mesquinho e desprezível agiota. O agiota ao ver o tempo passar e os juros a crescerem sem que o comerciante tivesse a possibilidade de lhe pagar a dívida propôs, com indisfarçável água na boca, o seguinte acordo:
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A dívida fica saldada se me deres a tua jovem e bela filha em casamento.
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Tanto o comerciante quanto sua filha ficaram horrorizados.
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Então o agiota, para amenizar a situação e vencer a resistência de pai e filha, propôs que a sorte resolvesse o problema.
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Assim, o agiota propôs que se colocassem dentro de uma bolsa vazia dois seixos da estrada, um branco e um preto. Se a filha retirasse o seixo branco a dívida seria saldada e continuaria a viver com o pai. No entanto, se retirasse o seixo preto… a dívida seria cancelada e a moça teria de casar com o agiota.
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Se a filha se recusasse a retirar um dos seixos do saco o agiota chamaria a polícia e o pai iria para a cadeia.
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O pai e a filha tiveram de concordar com a proposta do agiota.
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Então, o agiota inclinou-se para a estrada cheia de seixos, e sorrateiramente apanhou do chão dois seixos pretos e meteu-os no saco.
Isto foi casualmente observado pela filha do comerciante.
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O agiota, então, pediu à moça que retirasse um seixo do saco. Um seixo que ditaria não só sua sorte como a do seu pai.
A mente da moça era um turbilhão de ideias… o que fazer? O que fazer? O que fazer?
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Recusar-se a retirar um seixo e ver o seu querido pai ser preso?
Expor o agiota como um impostor, um intrujão sem escrúpulos? E ver o pai ser preso…
Sacrificar-se para salvar o pai da cadeia.
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O que fazer? O que fazer? Qual a saída? Não há saída!!!!
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Continua.
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2 comentários:
Entao, sou maroto, deixa-me neste suspense!!! Nao conheco a história. O princípio faz-me lembrar o "Mercador de Veneza" de Shakespeare.
Uma coisa é certa: a rapariga está na melhor posicao. Ela sabe, que o velhinho apanhou duas pedras pretas. Ela sabe disso, mas ele nao sabe, que ela sabe. Agora a pequena só precisa de se esforcar um pouco... por exemplo, se ele tirasse primeiro a pedra seria preta e ela podia dizer, que a dela era entao branca. Ele nao podia negar, pois senao ele dava a conhecer que a tinha querido enganar, e era melhor ficar calado.
A solucao tem de ser assim mais ou menos, mas eu estou quase a dormir em pé e o meu cérebro nao trabalha muito bem neste momento.
O ccz. nao vai deixar a menina casar com esse vélhinho, só para me provar, que nao há esperanca para a crise actual!!!
Levantei-me meia "zombie" para dizer, que a menina tira uma pedra, que sabe de antemao, que é preta, finge que a deixa cair, e a pedra desaparece. Entao, diz ao velhinho, que a pedra que ainda está no saco, pode resolver a situcao, pois tem de ser a cor contrária à pedra, que ela tirou primeiro e que ela fez desaparecer.
O truque tem que ser neste género.
Ai, meu Deus, o que eu nao faco para salvar a menina das maos do velhote!
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