segunda-feira, dezembro 08, 2008

Divagações religiosas

Associo estas notícias "Words associated with Christianity and British history taken out of children's dictionary" e "Traditional subjects go in schools shake-up" e esta opinião "Cardinal Cormac Murphy O'Connor: Britain is 'unfriendly' for religious people" à seguinte teoria da conspiração:
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Nos tempos de vacas não tão magras (por cá) e gordas (noutras paragens) o que querem os governos? Mais consumo, mais crescimento, mesmo que não haja poupança précia. Mais consumo significa mais impostos, mais empregos, mais crescimento, mais votos (saber se isso é sustentável não conta).
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Quando se dá o estouro da bolha consumista e chega o tempo das vacas anoréxicas o que querem os governos?
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Que o deboche de endividamento pessoal continue para reanimar a economia a todo o custo.
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O que é que todas as religiões propõem?
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Gn 41, 1-36. A interpretação do sonho do Faraó pelo hebreu José. Depois de anos de abundância sempre virão anos de escassez, convém poupar nos anos bons para precaver e suavizar os anos maus. Esta mensagem é subversiva para os governos actuais sejam eles de Brown, Sarkozy ou Sócrates.
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Mc 1, 3. Associo sempre a imagem do actor Charlton Heston com uma pele de camelo e uma vara na mão a gritar no deserto "Repent!" ("Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas!" - chega-se ao deserto porque se agiu por caminhos tortos, se se quer sair do deserto... há que mudar de vida)
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Se eu tivesse 7 vidas e algum dinheiro, talvez dedicasse algum tempo a realizar um filme estilo "A Vida de Brian" em que num plano colocaria uma espécie de leilão de pregadores, de um lado um sósia de Charlton Heston, João Baptista, gritando "Repent!!!", do outro Brown/Sarkozy/Zapatero/Sócrates/... gritando "Spend!!!"
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Daí que seja sempre um bom investimento para os governos eliminar ou reduzir o poder do megafone destes emissores de ruído que turvam a cristalinidade da mensagem que interessa.

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