sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Lições sobre a concentração fabril e sobre as cadeias de abastecimento demasiado longas

Neste postal "A re-industrialização do Ocidente" escrevi:
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"Ainda na semana passada me contaram a história de uma multinacional que teve fábricas em Portugal e que concentrou toda a sua produção mundial numa fábrica na Tailândia. Com as cheias, parece que perderam grande parte das máquinas e estão, a trabalhar novamente em Portugal com trabalhadores que tinham despedido e indemnizado"
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Cá está a confirmação:
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"A Ecco, a multinacional dinamarquesa que chegou a ser a maior produtora de calçado em Portugal, está de volta e a contratar trabalhadores "em grande escala".
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A empresa, que deslocalizou a sua produção para a Ásia em 2009 e deixou aqui apenas o centro de investigação e desenvolvimento, está novamente a produzir calçado na fábrica de Santa Maria da Feira. O objectivo é chegar, rapidamente, aos 450 funcionários.
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Segundo o JN/Dinheiro Vivo apurou, só na última semana terão sido admitidos cerca de 150 trabalhadores e outros tantos estarão para ser contratados. A fábrica estará já com 300 funcionários, número que não conseguimos confirmar com exatidão, já que a Ecco não se mostrou disponível para comentar o reforço de posição em Portugal, e o sindicato desconhece o número atual. Mas sabe que “todas as semanas entra pessoal”, como confirmou a líder do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado. Fernanda Moreira afirma que é com “grande satisfação” que vê, na actual conjuntura de aumento generalizado do desemprego, uma empresa a “recrutar em grande escala”. “O que mais esperamos é que a decisão seja a de manter aqui a produção”, sublinha.
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Já o delegado sindical da empresa, Fernando Linhas, explica que este reforço – em 2009, para o desenvolvimento das amostras ficaram, apenas, 120 trabalhadores – visa colmatar a falta da fábrica na Tailândia, “completamente destruída” nas graves inundações que devastaram o país por mais de três meses e provocaram largas centenas de mortos."
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Interessante a pressão que tal vai impor sobre os salários dos operários na região. 
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Lições sobre a concentração fabril e sobre as cadeias de abastecimento demasiado longas?

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