terça-feira, novembro 09, 2010

Não fazem ideia do poder da imaginação, da subversão das regras. (parte III)

O José Silva comentou no postal "Não fazem ideia do poder da imaginação, da subversão das regras":
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"Carlos, da minha experiência, 98% do tempo gasto pela gerência das PMES é na execução. O tempo necessário para o emprendimento/formulação estratégias, que apela de facto à creatividade, são os restantes 2%.

Isto nas empresas que não consultoria. Nestas é natural que a «execução» seja mesmo encontrar estratégias criativas, hibridas, para fornecer ao cliente final.

É preciso portanto diferenciar as situações em a que a formulação da estratégia é in-house ou em outsourcing. Caso contrário, acho que gera confusão."
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Um exemplo concreto recente:

  1. Uma PME que afirma que aposta na INOVAÇÃO e faz investimentos e toma decisões nesse campo.
  2. O preço médio dos seus produtos está a baixar.
  3. O tamanho médio das encomendas está a baixar
  4. As vendas estão a aumentar.
Perante este panorama a empresa decide desenvolver medidas para ... contrariar o acontecimento 3. 
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Não há pensamento estratégico!!!
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1 e 2 são incompatíveis.
1 e 3 são compatíveis.
2 e 3 não fazem sentido.
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Alguma coisa não está a funcionar bem...
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Executar, só executar, sem reflectir sobre os acontecimentos e o que esperar deles... 
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1 significa gastar mais dinheiro, 2 significa que esse gasto está a ser um desperdício...
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1 significa apostar em seduzir uma minoria de clientes visionários disposta a arriscar na novidade, logo, trabalha-se para um nicho, não para a massa, ou seja, 3 devia ser visto uma consequência natural de 1. Sem pensamento estratégico...

2 comentários:

Jose Silva disse...

Carlos,

O que você está a dizer é que as gerências de PMES tem que se aperceber em real-time da coerência estratégica (ou falta dela) decisões diárias.
Impossível. Seria como pedir a um piloto que indicasse as equações que descrevem os ventos no momento em que está a aterrar ou a um cirurgião que relatasse as reacções químicas internas das células afectadas quando usa o bisturi.
Os timings são diferentes. Ou de facto é executado por uma entidade externa, um consultor, à posteriorí, ou existe um sistema de monitorização que alerta o que está a acontecer.
É um excelente oportunidade de negócio para quem conseguir implementar um sistema informático que consiga isso. Podemos conversar sobre isso um dia destes.

Jose Silva disse...

Por exemplo, ontem de manha às 9:00 em gondomar, apresentei um inovação de produto a um cliente. Durante uns minutos reflectimos sobre o impacto dessa inovação no seu sector específico caso se consiga fabrica-la. As 9:15. Fui «despachado» pelo cliente. Efectivamente houve ali estratégia, empreendimento, criatividade por parte do cliente. Mas ele não tem consciência disso nem é percebido como tal. Foi apenas uma decisão diária sem qualquer estruturação. Não acredito que seja possível de outra maneira.