quinta-feira, agosto 19, 2010

Hipotéticos futuros...

Lembro-me de Ventoro...(gráfico da página 16 deste relatório).
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Lembro-me deste postal "O regresso dos clientes".
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"Reliance on Chinese plants is suddenly proving double-edged. "We conclude that labour and transportation cost pressures are a major concern for executives that may be under-appreciated by investors," it said.
The US industrial giant General Electric raised eyebrows in May with plans to shift production of its hybrid water heater from China back to Kentucky next year after securing lower wages from US workers. The company cited the narrowing pay gap, lower transport costs, and shorter delivery times."
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Trecho retirado de "Western profits wilt on China's surging wages" onde o autor refere "Rising wage and production costs in China are eating into the profits of Western companies and may soon set off an exodus of multinational companies to cheaper locations". As multinacionais podem ter os recursos para fazer a mudança, mas as outras... sem conhecer os locais, sem ligações e conhecimentos nas cheaper locations vão hesitar bastante.
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Poderemos assistir a mais casos como o referido no texto sobre o retorno das fábricas?
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Ontem, as notícias referiam que a Foxconn pretende contratar mais 400000 trabalhadores no próximo ano, sabendo que "Given that the "cohort" of young people aged 20 to 30 currently joining the workforce is now contracting as China's demographic crunch starts to bite," quais as implicações?
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ADENDA:

2 comentários:

Jonh disse...

Olá Carlos,

Ao ler este post, vi a referência e fui ler o seu post "o regresso dos clientes".

Entretanto não sei se já concluiu alguma coisa acerca da causa da volta dos clietes.

Na minha opinião, e como refere, a principal causa está na rapidez, como disse. No sector têxtil, cada vez mais, as lojas, sejam de marca própria ou não, sentem necessidade de rapidez. A criação do modelo e todo o seu processo de fabrico tem de ocorrer num espaço curto de tempo. Se a confecção for efectuada na Ásia perde-se o tempo de resposta. Repare que marcas como a Zara apostam exactamente na rapidez. Conseguem criar um novo modelo em apenas 5 ou 6 semanas, incluindo a fase de pesquisa, design, confecção, etc.

CCz disse...

Sim caro John,
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Creio, também, que é essa a principal vantagem competitiva que está a promover o regresso dos clientes: a rapidez, a flexibilidade.
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No esquema deste postal http://balancedscorecard.blogspot.com/2009/10/futurizar-para-desenhar-hipoteses-e.html há um parâmetro em falta ou a que não dei a devida importância na altura e que agora vejo nos contactos que tenho com a indústria do calçado. Por causa do risco financeiro, as marcas firmam as encomendas mais tarde, para arriscar menos, e querem receber as encomendas mais cedo para aparecerem primeiro com as novidades, algo que dá uma vantagem competitiva às fábricas europeias.
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Infelizmente, como previ algures, muitas empresas portuguesas não têm muita confiança nas suas vantagens competitivas daí que: "As exportações para países terceiros cresceram cerca de 2% em valor e 16% em quantidade." do artigo da Vida Económica citado aqui: http://balancedscorecard.blogspot.com/2010/08/exemplo-da-diversidade-inter-sectorial.html

Têm ainda muito que aprender com Burt Lancaster http://www.marketingmagazine.co.uk/news/943505/Mark-Ritson-Branding-hold-line-dont-cut-price/?DCMP=ILC-SEARCH