sábado, dezembro 05, 2009

Não serão os votos a resolver...

Primeiro há-de ser a Letónia (este ano o PIB vai cair 25%, os salários já caíram mais de 6%) e ou a Hungria, a entrarem em bancarrota. Depois, há-de ser a Grécia.
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Como a Grécia está na eurozona, a sua queda vai salpicar e contaminar, primeiro a Espanha (já repararam que apesar de todos os estímulos governamentais, os números da produção industrial espanhola continuam a cair, os números do comércio interno espanhol caíram ainda mais em Novembro e, no entanto, o défice externo aumentou... cainesianismo num tempo de mercados abertos é treta, o dinheiro dos contribuintes está a ser usado para financiar as importações...) e nós, que só estamos á espera de um empurrão vamos de seguida.
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Entretanto, perante este cenário plausível, perante o comportamento de décadas da nossa balança de transacções correntes, o que acontece por cá?
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Acreditar que será impossível suportar os direitos adquiridos:
"E o que fazia, por exemplo, à despesa com os funcionários públicos? É reduzível?
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Não é reduzível, mas é congelável..."
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Pergunta JPP "ONDE É QUE SE VÃO BUSCAR OS VOTOS PARA AS SOLUÇÕES DRÁSTICAS QUE “TODA A GENTE SABE” SÃO PRECISAS PARA ENDIREITAR O PAÍS?" quando um viciado no jogo já não se consegue conter... proíbem-lhe a entrada no casino, acaba a brincadeira. Ou vai fazer companhia aos peixes por não pagar as dívidas, com os pés enterrados num pedestal de cimento.
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Se conseguíssemos evitar o ponto de singularidade, os votos ainda contavam. Como não vamos evitar a singularidade, zona onde as leis físicas que conhecemos não se aplicam, os votos deixam de ter significado, por que os votos serão disputados? perante o facto consumado de uma nova realidade. Alguém se manifesta contra um terramoto? O terramoto acontece e depois? Alguém o critica? Alguém recolhe assinaturas para o criticar?
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Aconteceu, e agora, perante esta nova realidade, quais os nossos graus de liberdade, o que podemos fazer?

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