quinta-feira, janeiro 08, 2009

Parte IV - EKS uma filosofia tão familiar

Parte I, Parte II e Parte III.
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Esta série começou com a descoberta da EKS (Engpass-Konzentrierte Strategie) e termina com uma breve reflexão sobre a mesma.
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A EKS foi proposta por Wolfgang Mewes e foi adoptada por muitas PMEs, sobretudo alemãs.
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O que propõe a EKS?
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Veremos que são ideias muito familiares a quem conhece este espaço:

  • Estratégia = focar, concentrar, empregar todos os recursos num ponto de alavancagem;
  • Restrição externa = identificar uma restrição externa e procurar melhorar continuamente, para elevar essa restrição. Para isso, é fundamental adoptar uma visão, uma postura virada para o exterior para encontrar oportunidades que existem no mercado.
Para aumentar o valor criado para os clientes é fundamental que uma empresa se concentre na restrição que preocupa, que afecta os clientes, o seu problema mais importante. Assim, a ideia básica da EKS é:

  • Identificar um segmento bem definido de clientes-alvo; e
  • Usar, destinar, dedicar todos os recursos a servir esse segmento. Para substituir a lealdade aos produtos pela lealdade dos clientes-alvo, há que analisar as necessidades dos clientes e “ficar com eles para sempre” desenvolvendo parcerias duradouras.
Qual a situação actual de uma empresa? Há que a analisar para:

  • Identificar o perfil de competências da empresa (forças mas também fraquezas);
  • Comparar com o perfil dos concorrentes e as necessidades do mercado;
  • Considerar a forma como os clientes valorizam essas competências;
  • Identificar a melhor relação entre forças e âmbito do negócio, tendo em conta o que se descobriu anteriormente;
  • Definir que tarefas deveriam ser tratadas com as competências próprias;
  • Seleccionar o segmento de clientes-alvo que mais valoriza o que a empresa tem para oferecer;
  • Analisar e mergulhar nos problemas dos clientes-alvo, a partir do seu ponto de vista, para de seguida concentrar toda a organização na solução dos problemas fundamentais.
Por que é que as empresas desperdiçam recursos tentando marcar presença em todos os mercados, com muitos produtos do tipo "eu também"?

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