quinta-feira, janeiro 08, 2009

Endividamento até?

Nste artigo ""Não faz sentido fazer orçamentos rectificativos de dois em dois meses"" no sítio do jornal de Negócios pode ler-se:
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"Para o professor de economia, em causa estará não apenas a dificuldade de obter a receita estimada mas sobretudo pedir um novo aumento do endividamento do Estado à Assembleia da República. "Quando o Governo apresentou o Orçamento em Outubro, apontava para um défice de 2,2%. Um mês depois já estava a pedir um aumento do endividamento. Provavelmente, esse aumento do endividamento não vai ser suficiente", resume."
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E haverá quem esteja disposto a emprestar dinheiro ao estado português? E emprestará a que taxas de juro?
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Evans-Pritchard conta ("Bond scare as German auction fails and British debt hits danger level") que, já este ano, ao estado alemão aconteceu isto:
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"The danger became all too real yesterday when even Germany failed to sell a full batch of government bonds at its annual `Sylvester Auction', which kicks off the debt season. Investors took up just two thirds of a €6bn (£5.6bn) sale of 10-year Bunds, leading to consternation in the markets."
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""It's very poor," said Marc Ostwald from Monument Secuirites. "In 20 years covering Bund auctions I can't remember the Bundesbank ever being left with a third of the bonds."
Traders will be watching very closely to see whether today's bond auctions in Spain and France go ahead as planned, or whether the world is starting to see a "buyers strike" as deluge of sovereign debt floods the market.
There are fears that the next crisis in the global financial system could prove to be a rebellion by the bond vigilantes, already worried by talk of a bond bubble (Já ontem se usou esta expressão "bond bubble" no blog de Roubini) This would push up rates used to fixed mortgages and corporate bond deals. Central banks can offset this for a while by purchasing bonds directly -- "printing money" -- but not indefinitely."
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Quanto à apresentação de orçamentos rectificativos de dois em dois meses ser algo de pouco próprio, na Escandinávia muitas empresas já seguem essa prática. Têm em permanência um orçamento para 4 trimestres consecutivos, e no fim de cada trimestre actualizam-no, basta consultar a corrente "Beyond Budgeting".
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Neste endereço está uma série de perguntas e respostas sobre o que é o "Beyond Budgeting".
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O problema é que a natureza das partes (situação e oposição), são dois escorpiões, que não têm emenda.
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"Uncertaity - in the economy, society, politics - has become so great as to render futile, if not counterproductive, the kind of planning most companies still practice: forecasting based on probabilities." (Peter Drucker)

2 comentários:

CCz disse...

Sintomas à atenção dos partidários da continuação do deboche:
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"German Bonds Getting Harder To Sell?"
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http://germaneconomy.blogspot.com/2009/01/german-labour-market-turns.html
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"NY Times: China Cooling on US Debt"
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http://www.nakedcapitalism.com/2009/01/ny-times-china-cooling-on-us-debt.html

CCz disse...

"Europe's economy contracts at rates not seen since 1930s"
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http://www.telegraph.co.uk/finance/comment/ambroseevans_pritchard/4177664/Europes-economy-contracts-at-rates-not-seen-since-1930s.html