quinta-feira, agosto 24, 2006
Para o vale do Ave e não só
Aconselha-se a leitura do artigo "When Your Contract Manufacturer Becomes Your Competitor", da revista Harvard Business Review de Setembro.
As empresas que sentem que o seu modelo de negócio, com base na subcontratação, esgotou-se ou está em vias disso, podem encontrar pistas sobre como dar a volta ao tabuleiro.
As empresas que sentem que o seu modelo de negócio, com base na subcontratação, esgotou-se ou está em vias disso, podem encontrar pistas sobre como dar a volta ao tabuleiro.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Death by power point
O jornal Público de hoje apresenta uma peça, assinada por Carlos Cipriano, com o título "Plano estratégico da EMEF era só um power point".
Do lead do texto retiro: "O plano estratégico da EMEF, apresentado em 24 de Março no Entroncamento, numa sessão pública muito mediatizada, com a presença do ministro das Obras Públicas e Transportes, não passa, afinal, de um conjunto de diapositivos em power point feitos sem a participação da própria administração da empresa. Cinco meses depois, as medidas então anunciadas continuam por concretizar, até porque nunca foi explicado o financiamento daquela reestruturação, não havendo mesmo um mapa de contas provisionais no referido "plano"."
O artigo revela não só a superficialidade que existe no tratamento de assuntos que mereceriam muito mais cuidado, o futuro de uma organização, mas também mostra que por cá as administrações não ficaram imunes a esta gestão por power point.
Este blog revela que os planos de guerra para o Iraque estavam escritos em acetatos de power point, não havia um documento escrito, uma história, um enredo... só um conjunto de acetatos, tão compreensíveis como este!!!
Outros comentários certeiros aqui e aqui. Deste último blog retiro: "The #1 book on the vaunted New York Times list of bestsellers is Fiasco: The American Military Adventure in Iraq books by Thomas Ricks. Fiasco has generated a lot of buzz in the media. One item in particular that has drawn a lot of attention is the description the Pentagon’s use of complicated Microsoft PowerPoint slides in lieu a of more thoroughly documented business plan. "
Do lead do texto retiro: "O plano estratégico da EMEF, apresentado em 24 de Março no Entroncamento, numa sessão pública muito mediatizada, com a presença do ministro das Obras Públicas e Transportes, não passa, afinal, de um conjunto de diapositivos em power point feitos sem a participação da própria administração da empresa. Cinco meses depois, as medidas então anunciadas continuam por concretizar, até porque nunca foi explicado o financiamento daquela reestruturação, não havendo mesmo um mapa de contas provisionais no referido "plano"."
O artigo revela não só a superficialidade que existe no tratamento de assuntos que mereceriam muito mais cuidado, o futuro de uma organização, mas também mostra que por cá as administrações não ficaram imunes a esta gestão por power point.
Este blog revela que os planos de guerra para o Iraque estavam escritos em acetatos de power point, não havia um documento escrito, uma história, um enredo... só um conjunto de acetatos, tão compreensíveis como este!!!
Outros comentários certeiros aqui e aqui. Deste último blog retiro: "The #1 book on the vaunted New York Times list of bestsellers is Fiasco: The American Military Adventure in Iraq books by Thomas Ricks. Fiasco has generated a lot of buzz in the media. One item in particular that has drawn a lot of attention is the description the Pentagon’s use of complicated Microsoft PowerPoint slides in lieu a of more thoroughly documented business plan. "
Serviço da Cabovisão: Baaah (III)
Como o problema não foi solucionado e continua, voltei a telefonar à Cabovisão na noite passada.
O que dizer, pelo tom da resposta da operadora do "call center" a Cabovisão tinha-se esquecido do meu caso.
Prometeram, prazo de 24/48 horas telefonar a dar um ponto da situação... vamos ver.
O que dizer, pelo tom da resposta da operadora do "call center" a Cabovisão tinha-se esquecido do meu caso.
Prometeram, prazo de 24/48 horas telefonar a dar um ponto da situação... vamos ver.
terça-feira, agosto 22, 2006
Top 10 Reasons That Businesses Fail
Encontrei esta lista muito interessante, sobre os principais motivos porque falham os negócios:
"And here are his Top 10:
10. Over-expansion. The need to get there first or to demonstrate revenue growth to anxious investors leads businesses to grow too fast.
9. Poor Capital Structure. Companies take on too much debt....Enough said!
8. Failure to Control the Controllable Costs. Businesses spend down the initial cash before it is flowing in at a positive rate.
7. Failure to Prepare for Volatility of Uncontrollable Costs. For example, energy, materials, labor, or insurance.
6. Add New Products or Divisions that Drag Down the Profitable Ones5. Poor Internal Controls and Execution -- customer service, accounting controls, theft, fraud
4. Poorly Designed Business Model
3. Reliance on Critical Financing that Dries Up
2. Failure to Adapt to a Changing Market
AND THE #1 REASON? Management in Complete Denial......"
Fonte
"And here are his Top 10:
10. Over-expansion. The need to get there first or to demonstrate revenue growth to anxious investors leads businesses to grow too fast.
9. Poor Capital Structure. Companies take on too much debt....Enough said!
8. Failure to Control the Controllable Costs. Businesses spend down the initial cash before it is flowing in at a positive rate.
7. Failure to Prepare for Volatility of Uncontrollable Costs. For example, energy, materials, labor, or insurance.
6. Add New Products or Divisions that Drag Down the Profitable Ones5. Poor Internal Controls and Execution -- customer service, accounting controls, theft, fraud
4. Poorly Designed Business Model
3. Reliance on Critical Financing that Dries Up
2. Failure to Adapt to a Changing Market
AND THE #1 REASON? Management in Complete Denial......"
Fonte
segunda-feira, agosto 21, 2006
"Há despesas que podem ser moralmente criticáveis"
Definitivamente, há algo de estranho nesta forma de controlar gestores... ver aqui.
Recorrendo à Parábola dos Talentos (Mateus, cap. 25, vv. 14 a 30) será que quem não é capaz de gerir dinheiro nas coisas menos importantes (o sumptuoso), tem capacidade de gerir dinheiro no que é fundamental, o cumprimento da missão da instituição (a saúde dos utentes)?
A propósito, ontem à noite o programa "Reporters" do canal BBC world passou uma reportagem muito interessante sobre o sistema de saúde, e os resultados do sistema de saúde cubano, "just remarkable".
Recorrendo à Parábola dos Talentos (Mateus, cap. 25, vv. 14 a 30) será que quem não é capaz de gerir dinheiro nas coisas menos importantes (o sumptuoso), tem capacidade de gerir dinheiro no que é fundamental, o cumprimento da missão da instituição (a saúde dos utentes)?
A propósito, ontem à noite o programa "Reporters" do canal BBC world passou uma reportagem muito interessante sobre o sistema de saúde, e os resultados do sistema de saúde cubano, "just remarkable".
Blá Blá Blá Blá
O que se diz dos colaboradores:
"Our Greatest AssetYet, above all these strengths are what MSA considers to be its greatest global asset - its people. The high quality of MSA employees reflects a culture of people dedicated to protecting human life. "
Esta ladaínha pode ser encontrada aqui.
Na vida real, à primeira contrariedade... "Company officials decided that since production might need to be adjusted after the testing, it made sense to stop manufacturing for a short period."
Este facto pode ser encontrado aqui.
Com quantas histórias deste tipo já nos deparamos?
São estas situações que geram o cinismo no interior das organizações; pregar uma coisa e fazer o seu contrário.
"Our Greatest AssetYet, above all these strengths are what MSA considers to be its greatest global asset - its people. The high quality of MSA employees reflects a culture of people dedicated to protecting human life. "
Esta ladaínha pode ser encontrada aqui.
Na vida real, à primeira contrariedade... "Company officials decided that since production might need to be adjusted after the testing, it made sense to stop manufacturing for a short period."
Este facto pode ser encontrado aqui.
Com quantas histórias deste tipo já nos deparamos?
São estas situações que geram o cinismo no interior das organizações; pregar uma coisa e fazer o seu contrário.
domingo, agosto 20, 2006
Escape from Cubicle Nation
Ah... se o nosso país fosse invadido por uma onda de gritos do Ipiranga, em que milhares e milhares de prisioneiros da Matrix, resolvessem fugir do seu cubiclo e declarassem a sua independência ...
Ah... que país diferente seria!!!
Para quem está à beira da decisão, este futuro livro, ou este blog, pode ajudar a dar o empurrão.
Ah... que país diferente seria!!!
Para quem está à beira da decisão, este futuro livro, ou este blog, pode ajudar a dar o empurrão.
sábado, agosto 19, 2006
How to Hit a Moving Target
A revista BW traz uma compilação de textos sobre a concorrência, sobre a competição, apreciei sobretudo este artigo: "How to Hit a Moving Target"
"Differentiate your products. No, nothing's unique anymore; just slash your costs. Sorry, everyone's doing that. Invent new markets instead. Hug your customers, that's the ticket! Get real, you wuss -- it all comes down to squashing your competitors like bugs.The message between all those lines is unmistakable: No matter what strategy you try, competitive advantage -- whether it's Home Depot's (HD ) big-box appeal, Intel's (INTC ) chip technology, or Disney's (DIS ) magic aura -- is tougher to create and sustain with each passing year. Says C.K. Prahalad, professor of corporate strategy at the University of Michigan at Ann Arbor and co-author of several books on competition: "Whatever advantage you have, someone will take it away from you."
Qual será o trunfo da Ibéria?
O que irá a Ibéria fazer de diferente para não ter a mesma sorte que os outros que tentaram a mesma estratégia no passado, como aqui e aqui se recorda.
"Every hub-and-spoke carrier that has started a discount subsidiary -- from Continental Airlines' (CAL ) Continental Lite and US Airways' (UAWGQ ) MetroJet to Delta's (DAL ) Delta Express -- has flopped as costs ballooned ", aqui.
Porque não concentrar-se onde pode fazer a diferença? Porque há-de querer realizar a guerra no terreno que melhor favorece os seus rivais do low-cost?
"Every hub-and-spoke carrier that has started a discount subsidiary -- from Continental Airlines' (CAL ) Continental Lite and US Airways' (UAWGQ ) MetroJet to Delta's (DAL ) Delta Express -- has flopped as costs ballooned ", aqui.
Porque não concentrar-se onde pode fazer a diferença? Porque há-de querer realizar a guerra no terreno que melhor favorece os seus rivais do low-cost?
sexta-feira, agosto 18, 2006
Strategy = "Sharp" decisions
"In the past, generally speaking, Japanese electronics manufacturers had a tendency to go in all directions in terms of general product development and manufacturing business models. Japanese manufacturers had advanced technology but gradually lost their confidence because other Asian electronics makers started to improve their technology levels. So it is no longer the age that electronics makers should go in all directions. You have to focus in a specific area.
Aqui.
Aqui.
Strategy Means Saying "No"
Pensamento sistémico e modelação de sistemas
Esquema interessante, se se passar com o cursor sobre a imagem revela-se muito mais informação. Aprecio sobretudo o conjunto que se revela ao pairar com o cursor sobre o texto "Process"
Don’t Shield Them From Distress
"So, if you manage others and they need to change, don’t shield them from distress. If friends or family members need to change, don’t shield them from distress. This does not mean setting out to cause distress. It usually means telling the truth, no matter how difficult to bear that truth may be.
And don’t expect that telling the truth alone will be enough to initiate change: expect instead that witholding distressing truths may render change impossible."
Tão verdade e cada vez menos aceite numa sociedade que procura infantilizar os adultos, texto completo aqui.
And don’t expect that telling the truth alone will be enough to initiate change: expect instead that witholding distressing truths may render change impossible."
Tão verdade e cada vez menos aceite numa sociedade que procura infantilizar os adultos, texto completo aqui.
quinta-feira, agosto 17, 2006
Da imprensa...
Serviço da Cabobisão: Baaah (II)
Vieram e não resolveram o problema...
Terá de vir outra equipa, sei lá quando...
Terá de vir outra equipa, sei lá quando...
quarta-feira, agosto 16, 2006
Ciclismo, doping e viagra
A propósito deste post.
O que seria de esperar de uma sociedade que há décadas passa anúncios para as crianças com a mensagem de que se tomarem este iogurte, estas pastilhas, aquele chocolate em pó, esses cereais, ... vão crescer mais rapidamente, vão ser mais inteligentes, vão ter mais energia, vão ser os primeiros, ...
Não existem acidentes, quem semeia ventos colhe tempestades.
O que seria de esperar de uma sociedade que há décadas passa anúncios para as crianças com a mensagem de que se tomarem este iogurte, estas pastilhas, aquele chocolate em pó, esses cereais, ... vão crescer mais rapidamente, vão ser mais inteligentes, vão ter mais energia, vão ser os primeiros, ...
Não existem acidentes, quem semeia ventos colhe tempestades.
Pensamento sistémico
Uma organização que não pratica o pensamento sistémico acredita que existem acidentes, acredita que existem culpados responsáveis pelo que corre mal e que por isso têm de ser crucificados.
O pensamento sistémico propõe que não acreditemos em acidentes, assim quando uma falha ocorre, em vez de uma purga ou de auto-de-fé, procuremos antes as falhas embutidas no sistema.
No DN de hoje "A investigação vem todavia mostrando que as melhores equipas e organizações são aquelas que toleram o erro cometido em prol da aprendizagem. Elas dissecam aquilo que correu mal para fazerem melhor no futuro. Criam ambientes de segurança psicológica capazes de permitir às pessoas partilhar experiências negativas. Constituem uma base segura para uma boa discussão sobre como fazer melhor as coisas e sobre como cometer... menos erros. Ou, pelo menos, os mesmos erros.", aqui.
Este fluxo mental levou-me a recordar este livro: "Whoever Makes the Most Mistakes Wins" basta recordar a biografia de Thomas Edison e o número de filamentos que ele testou até chegar ao tungsténio. Se bem me lembro Tom Peters é apologista de recompensar os grandes falhanços e punir os sucessos miseráveis.
O pensamento sistémico propõe que não acreditemos em acidentes, assim quando uma falha ocorre, em vez de uma purga ou de auto-de-fé, procuremos antes as falhas embutidas no sistema.
No DN de hoje "A investigação vem todavia mostrando que as melhores equipas e organizações são aquelas que toleram o erro cometido em prol da aprendizagem. Elas dissecam aquilo que correu mal para fazerem melhor no futuro. Criam ambientes de segurança psicológica capazes de permitir às pessoas partilhar experiências negativas. Constituem uma base segura para uma boa discussão sobre como fazer melhor as coisas e sobre como cometer... menos erros. Ou, pelo menos, os mesmos erros.", aqui.
Este fluxo mental levou-me a recordar este livro: "Whoever Makes the Most Mistakes Wins" basta recordar a biografia de Thomas Edison e o número de filamentos que ele testou até chegar ao tungsténio. Se bem me lembro Tom Peters é apologista de recompensar os grandes falhanços e punir os sucessos miseráveis.
terça-feira, agosto 15, 2006
Falta de suficiente concorrência, só pode ser.
Do livro "The Toyota way", já aqui referido, sublinho hoje esta passagem do início do oitavo capítulo: " Create Continuous Process Flow to Bring Problems to the Surface".
"Most Business Processes Are 90% Waste and 10% Value-Added Work
A good place for any company to begin the journey to lean is to create continuous flow wherever applicable in its core manufacturing and service processes. Flow is at the heart of the lean message that shortening the elapsed time from raw materials to finished goods (or services) will lead to the best quality, lowest cost, and shortest delivery time.
...
A lean expression is that lowering the "water level" of inventory exposes problems (like rocks in the water) and you have to deal with the problems or sink. Creating flow, whether of materials or of information, lowers the water level and exposes inefficiencies that demand immediate solutions."
Isto fez-me recordar as experiências que tenho tido com os bancos portugueses nos últimos tempos.
Há semanas, depois de estar cerca de um quarto de hora numa fila, numa agência do Millennium BCP, quando chega a minha vez e exponho ao que vou, dizem-me: "Isso não é aqui, esse assunto tem de ser tratado naquele balcão pelos colegas". E aí vou eu para outra fila.
Ou seja, o Millennium BCP continua a adoptar o mesmo estilo de gestão ultrapassado que muitas empresas industriais ainda seguem, o "job shop organization" em vez do "one-piece flow". A organização do trabalho não é em função de um cliente que chega ao balcão mas em função das tarefas do funcionário. As Finanças de Estarreja praticam o mesmo tipo de organização, mas ao menos explicitam melhor o que se pode tratar em cada balcão.
Comecei entretanto a experimentar o BPI ... abri conta no início do mês de Abril, ao fim de quase um mês e duas ou três idas à agência, tive de re-escrever um pedido formal de cartão de débito, o que foi escrito aquando da abertura de conta ... perdeu-se!!!
Tudo leva a crer que processo, processo a sério, não treta de consultor, ainda não chegou a estas organizações.
A propósito, esta semana recebi duas cartas, uma do BPI, e outra do Millennium BCP.
A carta do BPI "intima-me" a entregar dois documentos necessários para abertura de conta (quatro meses depois da conta estar aberta). Tais documentos não foram entregues porque não foram pedidos, aborrece-me o tom da carta ... parece que o BPI parte do princípio que se não estão no processo a culpa é do cliente. Se fosse um processo: haveria controlo da qualidade on-line, não quatro meses para descobrir uma falha; e embeber-se-ia de forma mais correcta, os requisitos do Aviso 11/2005 do Banco de Portugal, nas actividades do processo.
A carta do BCP trazia um inquérito "Como avalia o serviço que lhe prestamos..."
Um dos tópicos que me pedem que avalie é "Funcionalidade e comodidade das instalações". Que me interessa a "Funcionalidade e comodidade das instalações", ou a "Apresentação do interior da Sucursal", quero é entrar e sair rapidamente com os assuntos tratados.
Nunca me esquecerei da vergonha que passei há anos, quando recebi uma carta do pediatra dos meus filhos a informar-me que o cheque que passei não podia ser levantado, cheguei à agência e pedi que investigassem o que se tinha passado, investigaram, investigaram e nada encontraram. Há segunda, fiz uma reclamação por escrito ... nunca recebi resposta. Para quê responder a inquéritos deste tipo, se não nos dão resposta às reclamações!
Tudo indica que falta mais concorrência.
"Most Business Processes Are 90% Waste and 10% Value-Added Work
A good place for any company to begin the journey to lean is to create continuous flow wherever applicable in its core manufacturing and service processes. Flow is at the heart of the lean message that shortening the elapsed time from raw materials to finished goods (or services) will lead to the best quality, lowest cost, and shortest delivery time.
...
A lean expression is that lowering the "water level" of inventory exposes problems (like rocks in the water) and you have to deal with the problems or sink. Creating flow, whether of materials or of information, lowers the water level and exposes inefficiencies that demand immediate solutions."
Isto fez-me recordar as experiências que tenho tido com os bancos portugueses nos últimos tempos.
Há semanas, depois de estar cerca de um quarto de hora numa fila, numa agência do Millennium BCP, quando chega a minha vez e exponho ao que vou, dizem-me: "Isso não é aqui, esse assunto tem de ser tratado naquele balcão pelos colegas". E aí vou eu para outra fila.
Ou seja, o Millennium BCP continua a adoptar o mesmo estilo de gestão ultrapassado que muitas empresas industriais ainda seguem, o "job shop organization" em vez do "one-piece flow". A organização do trabalho não é em função de um cliente que chega ao balcão mas em função das tarefas do funcionário. As Finanças de Estarreja praticam o mesmo tipo de organização, mas ao menos explicitam melhor o que se pode tratar em cada balcão.
Comecei entretanto a experimentar o BPI ... abri conta no início do mês de Abril, ao fim de quase um mês e duas ou três idas à agência, tive de re-escrever um pedido formal de cartão de débito, o que foi escrito aquando da abertura de conta ... perdeu-se!!!
Tudo leva a crer que processo, processo a sério, não treta de consultor, ainda não chegou a estas organizações.
A propósito, esta semana recebi duas cartas, uma do BPI, e outra do Millennium BCP.
A carta do BPI "intima-me" a entregar dois documentos necessários para abertura de conta (quatro meses depois da conta estar aberta). Tais documentos não foram entregues porque não foram pedidos, aborrece-me o tom da carta ... parece que o BPI parte do princípio que se não estão no processo a culpa é do cliente. Se fosse um processo: haveria controlo da qualidade on-line, não quatro meses para descobrir uma falha; e embeber-se-ia de forma mais correcta, os requisitos do Aviso 11/2005 do Banco de Portugal, nas actividades do processo.
A carta do BCP trazia um inquérito "Como avalia o serviço que lhe prestamos..."
Um dos tópicos que me pedem que avalie é "Funcionalidade e comodidade das instalações". Que me interessa a "Funcionalidade e comodidade das instalações", ou a "Apresentação do interior da Sucursal", quero é entrar e sair rapidamente com os assuntos tratados.
Nunca me esquecerei da vergonha que passei há anos, quando recebi uma carta do pediatra dos meus filhos a informar-me que o cheque que passei não podia ser levantado, cheguei à agência e pedi que investigassem o que se tinha passado, investigaram, investigaram e nada encontraram. Há segunda, fiz uma reclamação por escrito ... nunca recebi resposta. Para quê responder a inquéritos deste tipo, se não nos dão resposta às reclamações!
Tudo indica que falta mais concorrência.
segunda-feira, agosto 14, 2006
"Costing the factory of the future"
Durante uma limpeza de sotão, para remover 20 anos de papéis ultrapassados e lixo acumulado por preguiça, por sentimento, por esquecimento, por ..., reencontrei um exemplar da revista "The Economist" de 3 de Março de 1990, onde localizei o artigo "Costing the factory of the future".
Nele pode ler-se:
"Factories run by numbers. Numbers to calculate profit and losses; to analyse the costs of new products; and to chart corporate strategy. But a lot of managers are relying on the wrong numbers." ...
"Where are accountants going wrong?
Their fiercest critic, Professor Robert Kaplan of Harvard University, argues that today's cost-accounting systems result in companies not knowing what individual products cost - or how to go about cutting costs. He says companies have become good at measuring costs of labour and materials, but not those of overheads." ...
Não, ainda não era sobre o balanced scorecard que se falava, embora o fluxo de trabalho já o adivinhasse, era sobre o outro amor do senhor Kaplan.
"Activity-based costing is one way forward. It means considering all of a company's activities - from logistics to marketing, distribution and administration - as product costs. It involves tracing the costs of each of these services to individual products."
Ainda me lembro do choque do óbvio que senti, tipo "Ovo de Colombo", quando alguém se lembrou de, em vez de dividir os custos da manutenção curativa pelo número de máquinas, para ter o custo da manutenção curativa por hora de funcionamento de uma máquina, e assim entrar para o orçamento de uma peça, atribuir pesos de forma a encarecer as máquinas mais atreitas a avarias, e a embaratecer as máquinas mais fiáveis. Tão óbvio, mensagens mais transparentes para a gestão, em vez de meter tudo num bolo de meia-bola e força, que beneficia as máquinas menos fiáveis e prejudica as de maior confiança.
Nele pode ler-se:
"Factories run by numbers. Numbers to calculate profit and losses; to analyse the costs of new products; and to chart corporate strategy. But a lot of managers are relying on the wrong numbers." ...
"Where are accountants going wrong?
Their fiercest critic, Professor Robert Kaplan of Harvard University, argues that today's cost-accounting systems result in companies not knowing what individual products cost - or how to go about cutting costs. He says companies have become good at measuring costs of labour and materials, but not those of overheads." ...
Não, ainda não era sobre o balanced scorecard que se falava, embora o fluxo de trabalho já o adivinhasse, era sobre o outro amor do senhor Kaplan.
"Activity-based costing is one way forward. It means considering all of a company's activities - from logistics to marketing, distribution and administration - as product costs. It involves tracing the costs of each of these services to individual products."
Ainda me lembro do choque do óbvio que senti, tipo "Ovo de Colombo", quando alguém se lembrou de, em vez de dividir os custos da manutenção curativa pelo número de máquinas, para ter o custo da manutenção curativa por hora de funcionamento de uma máquina, e assim entrar para o orçamento de uma peça, atribuir pesos de forma a encarecer as máquinas mais atreitas a avarias, e a embaratecer as máquinas mais fiáveis. Tão óbvio, mensagens mais transparentes para a gestão, em vez de meter tudo num bolo de meia-bola e força, que beneficia as máquinas menos fiáveis e prejudica as de maior confiança.
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