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sexta-feira, agosto 17, 2007

CSI e a realidade portuguesa

Eu sei que é um filme, eu sei que é uma encenação, mas muitas vezes dou comigo a apreciar algumas cenas da série CSI pela mensagem de gestão que transmitem, a capacidade de Grissom para fazer crescer a capacidade de gestão de cada um dos membros da equipa, a sua capacidade de gestão, a sua auto-confiança, ...

Depois na nossa realidade encontro estas cenas "Funcionário foi suspenso depois de denunciar directora" no jornal Público de hoje:

"No mesmo dia em que Maltezinho consulta o processo de Emília Raposo, quando se dirigia para casa, confronta-se numa rua de Beja com o marido da directora do CDSS e acabou no Centro de Saúde de Beja com um braço partido. Instado por um órgão de comunicação local a justificar a causa do mal-entendido, Maltezinho admitiu que poderia estar associado ao processo de Emília Raposo.Na resposta, a directora do CDSS ordena a Amílcar Mourão, seu director adjunto, para mover um processo disciplinar a Maltezinho, alegando que este terá "divulgado informação de carácter sigiloso". "

Origem:

"Tudo começou a dia 5 de Abril 2005, quando Maltezinho consultou, conforme determina o Decreto-Lei 124/84, o processo de pagamento de contribuições prescritas à Segurança Social. Emília Raposo pretendia que fossem considerados no cálculo para a sua reforma, com pensão completa, seis anos de trabalho que disse ter prestado, há mais de quatro décadas, como praticante de escritório, sobre o qual não terá sido feito qualquer desconto para a Segurança Social, na época Caixa de Previdência. Aquele diploma faculta a qualquer trabalhador o direito a requerer o pagamento de prestações à Segurança Social, relativas a períodos de trabalho sobre os quais não tenha havido declaração do exercício de actividade nem o correspondente pagamento das contribuições por parte da entidade patronal. No entanto, Maltezinho constatou que o procedimento da directora do CDSS enfermava de irregularidades, como o Instituto de Segurança Social (ISS) veio mais tarde a confirmar. "

Uma das coisas que me faz impressão nas empresas portuguesas é o facto de alguém com uma licenciatura, quando entra para uma empresa correr o risco de passado pouco tempo estar a chefiar 5, 10, 20, 100 pessoas, só porque tem um canudo, sem nunca ter tido uma cadeira na escola sobre gestão de pessoas. Mas pelos vistos na administração pública nem trinta e muitos anos de experiência dão tarimba suficiente para liderar...

Na mesma página, numa caixa pode ler-se este trecho:

""Se ela pode eu também posso." Este era o comentário mais ouvido no Centro Distrital da Segurança Social de Beja quando os que lá trabalhavam tiveram conhecimento da fórmula utilizada por Emília Raposo para "comprar" seis anos de trabalho para poder beneficiar da pensão completa com 57 anos de idade e 33 anos de comprovado serviço efectivo.
De um dia para o outro, mais de 150 processos deram entrada no Tribunal de Trabalho de Beja (TTB), a requerer a contagem de tempo adicional de serviço.Em todos eles os candidatos à "compra de reformas" alegavam que tinham começado a trabalhar aos 16, 14 e até 12 anos. "