Notável como, apesar da situação económica europeia, o sector do calçado consegue crescer 3% nas exportações do primeiro semestre, "
Industriais de calçado estão pessimistas e pulam com mais 3% de exportações".
.
E há tanto mais por onde crescer!!!
.
Sim, basta pensar nisto. Se perguntarmos a um empresário do calçado, com marca própria, quem são os seus clientes-alvo e, mais importante ainda, porque é que eles compram os seus sapatos, o mais provável é que ele não tenha uma resposta preparada. Se perguntarmos se já visitou sapatarias onde se vende a sua marca, para conhecer os locais, o momento e o ambiente em que o consumidor faz a escolha, para conhecer quem são os consumidores que experimentam e compram a sua marca, ou outras marcas, talvez a resposta seja não.
.
Há tanto por fazer...
.
Há um século de mentalidade assente na goods-dominant logic que tem de ser vencido e ultrapassado. O produto é muito importante, mas o produto é uma desculpa, é um artifício para criar e desenvolver uma relação. Perceber quem são os consumidores-alvo, para perceber porque compram o que compram, que experiência querem viver, como é que o recurso calçado se vai integrar com os outros recursos à disposição do consumidor, para criar a experiência que procuram e valorizam.
.
Precisamente acerca disto:
"Embracing customer experience is a process, one that requires fundamental shifts in how your business behaves and is organized. ... As Southwest Airlines demonstrates, this isn't about money -- in my work, the biggest impact I've seen a customer experience mindset have is to help companies understand how they can better orchestrate existing elements to realize new value. I'm sure that sounds like some retread of the dreaded "Business Process Reengineering", but there's a key distinction -- this isn't about efficiency and effectiveness and reducing waste throughout your processes. This is about choreographing (Moi ici: Eu chamo-lhe fazer batota) what you already have (technologies, people, offerings) to better respond to your customers' needs and wants.
Como há tanto por fazer, como ainda se está, na generalidade, tão preso à goods-dominant logic há de certeza ainda muitos low-hanging fruits por colher.
Trecho retirado de "
Becoming a Customer Experience-Driven Business"